Beleza humana se observa de dentro para fora, a partir de cada ser humano, situação em que, ambos os focos, o observado e observador são humanos, enquanto a beleza do objeto, máquina, pode ser interpretado como beleza com foco de fora para dentro, pois o observador, de fora, é humano dotado de subjetividade, enquanto o observado é uma máquina, que não possui subjetividade alguma, não pensa, não tem emoção, não tem autoestima, enfim … Sendo assim, a beleza da máquina depende do gosto da maioria ou gosto da moda para que seja aceita pelos humanos.

Vejamos, Beleza Humanizada é uma beleza viva, capaz de comunicar você com o observador e o observador com você, ambos seres humanos que não podem ser separados de sua subjetividade natural, fato a mostrar que conceito de beleza humana é dinâmica e variável, pois depende de necessidades individuais do observado (humano) e do observador (humano), ambos dotados de subjetividade, cujo resultado desta troca humanizada de informações será traduzido em beleza humana, que influencia a qualidade das relações pessoais de cada ser, pois a saúde humana depende, também, da qualidade destas relações sociais. A beleza mecanizada é uma beleza estática (mecanizada), beleza a obedecer a subjetividade apenas do observador (humano) que conceitua, então, a máquina como bela ou feia sob foco apenas do observador, pois a máquina não está viva, não tem sentimentos, emoção, pensamentos, enfim, fato que permite pensar na beleza da máquina como uma beleza mecanizada, capaz de ser adquirida apenas de fora para dentro, obedecendo forma, traços, ângulos e volumes que devem agradar o gosto da moda ou gosto da maioria dos observadores, pois a máquina é mero “expectador” do gosto do outro. A máquina precisa se moldar ao gosto e necessidade dos outros, como forma de ser mais ou menos aceita pelos humanos. Quando falamos em beleza humana, ambos, observado e observador são humanos dotados de subjetividade, de necessidades, de pensamentos, de emoção, enfim, encontramos nesta beleza a vivacidade que gera o dinamismo deste conceito de beleza humana, traduzindo, então, beleza humanizada como intercâmbio de dois estados subjetivos (2 humanos) a usar a beleza como expressão das necessidades pessoais, a ser resumido na qualidade das relações pessoais, familiares e profissionais. Reflita: Ser humano sem a sua subjetividade inerente pode ser considerado um “objeto corpo”? Isto pode ser uma das causa da medicalização e da mercantilização da beleza no Brasil, que busca informar qual o melhor profissional ou o melhor cosmético a ser oferecido para que você busque aquela beleza inatingível, típica de um estado consumista, a usar o objeto como forma de satisfazer o interesse corporativo e financeiro? Frente a complexidade do conceito real de beleza, bem como o dinamismo de tal conceito individual, para ser humano com subjetividade inerente, podemos acreditar haver uma classe profissional ou um “especialista” no assunto Beleza Humana?

Saiba que beleza humanizada se adquire de dentro para fora e, sempre que possível, sem cortes, sem cicatrizes e sem afastar do trabalho, pois beleza humana é dinâmica enquanto a beleza de objeto é estática, beleza humana é questão de saúde, enquanto beleza de objeto é assunto corporativista e de mercado. Para mais informações, busque um profissional de saúde.

Cézar de Moura
Médico