PDT em pé de guerra
A guerra que estava, por enquanto, velada dentro do diretório municipal do PDT contra os vereadores Valdecir Rubbo e Clemente Mieznikowski parece que foi declarada oficialmente na segunda-feira, 12. Durante reunião dos pedetistas, alguns membros do diretório afirmaram que irão denunciar os dois parlamentares ao conselho de ética do partido, para que ambos sejam expulsos da sigla.
O motivo ainda não está claro, mas seria a postura adotada por Clemente e Rubbo em relação às ideologias do partido. Conversei com o presidente do PDT, Evandro Speranza, que confirmou a manifestação de membros do partido durante a reunião de segunda-feira. Porém, ele salienta que vai aguardar uma posição formal dos integrantes e a análise da denúncia por parte do conselho de ética. O afastamento de Rubbo e Clemente do PDT já era visível desde a eleição da executiva do partido. Agora o racha deve ser definitivo.

Expulsão dos vereadores
A decisão de alguns pedetistas em buscar a expulsão de Valdecir Rubbo e Clemente Mieznikowski pode ser uma tática um tanto suicida do diretório. Afinal, queira ou não queira, Rubbo é o atual presidente da Câmara e Clemente é o vereador mais votado da cidade. Ambos têm uma representatividade importante no município e, talvez, a expulsão do PDT possa não garantir as duas cadeiras na Câmara ao partido.
Ainda na noite da segunda-feira, 12, quando uma fonte me revelou esta intenção do diretório pedetista, fui pesquisar alguns casos em que o vereador foi expulso do partido e não perdeu sua vaga no Legislativo. Acompanhei sentenças julgadas em vários estados brasileiros e cheguei a conclusão de que a simples expulsão do partido não irá garantir as duas cadeiras ao PDT. Tanto o TRE, como o TSE têm julgado improcedente os pedidos de mandato nos casos de expulsão. Por isso, caso ela aconteça, terá que estar muito bem embasada para que os dois parlamentares percam os mandatos.

Salton no Esportivo
A eleição de Guilherme Salton, o Guiga, como novo presidente do Esportivo é uma primeira vitória das jovens lideranças de Bento Gonçalves no que diz respeito ao resgate de nossas entidades e instituições. Tenho absoluta certeza que a diretoria comandada por Salton, que terá Jordano Zanesco e Renato Massutti como vices, vai render bons frutos ao Alviazul e pode reaproximar a comunidade do Esportivo.
Tive a oportunidade de acompanhar a formação desta chapa que chega com muita credibilidade e passa confiança a todos de que teremos um futuro promissor do principal clube da cidade. Além do trio, temos políticos e empresários que se comprometeram a auxiliá-los na ousada meta de colocar o Esportivo entre os grandes novamente.
Agora, estas mesmas lideranças que foram capazes deste feito tão nobre, precisam se unir, juntamente com o prefeito Guilherme Pasin, para resgatar a credibilidade da Fenavinho, principal festa do município que não ocorre desde 2011.

Corte nos gastos
Em Bento Gonçalves, o prefeito Guilherme Pasin, apoiado na Secretaria de Finanças, tomou algumas medidas para a contenção de gastos e aumento na arrecadação do município. Uma ação muito louvável nesta época de crise mas, como o próprio slogan utilizado pela Prefeitura diz, Bento pode muito mais.
Cito o exemplo de Cachoeira do Sul, onde o prefeito de lá, está devolvendo aos cofres públicos 10% de seus vencimentos. Além disso, fechou sete secretarias, onde os secretários, que ganhavam R$ 12 mil, passarão a ter salários de diretores (R$ 4,9 mil), não causando prejuízo nos serviços realizados pelas pastas.
Não condeno as ações do prefeito Pasin até o momento, muito pelo contrário, mas acredito que o corte dos cargos de secretário-adjunto já seriam adequados para o atual momento financeiro vivido pela Prefeitura. Segundo a relação de CCs do mês de setembro, são nove secretários-adjuntos, ganhando R$ 5.274, 48, o que representa um gasto mensal de R$ 47.470,32. Já teríamos uma boa economia que, em 12 meses, chegaria a mais de R$ 427 mil, sem contar férias e 13º.