Feitos de bobos
Além dos políticos, parece que o nobre Conselho Nacional de Trânsito (Contran) também decidiu brincar com a população. Depois de três adiamentos da obrigatoriedade do tal extintor ABC, o Conselho resolveu desistir da obrigação do equipamentos em veículos e caminhonetes.
Um verdadeiro absurdo, já que muitas pessoas gastaram para adquirir o novo equipamento, pagando valores exorbitantes. Aqui em Bento Gonçalves, empresários do setor estão com mais de mil exemplares encalhados em seu estoque, pois não terão para quem vender.
Está não é a primeira vez que o Contran apronta uma destas. A mesma situação aconteceu com o tal kit de primeiros socorros, que tornou-se obrigatório e deixou de ser de forma quase instantânea. E sempre nós, o povo, é que pagamos a conta. Alguém ganhou muito dinheiro com estas medidas. Quem? Não sei.

Luz no fim do túnel
O Supremo Tribunal Federal (STF) acendeu uma luz no fim do túnel para evitar a farra política que estava prestes a se instalar com a reforma aprovada no Congresso Nacional. Por oito votos a três, os ministros entenderam que as empresas não poderão fazer doações em dinheiro para os candidatos e também aos partidos políticos.
A decisão contraria uma possível manobra feita por deputados e senadores, que determinava a doação de recursos apenas para os partidos políticos e a impossibilidade de se saber quais candidatos receberam os montantes maiores. Porém, a definição deste embróglio ainda cabe à presidente Dilma Rousseff que pode sancionar, ou não, a reforma política, que já valerá para as eleições municipais de 2016.
De certo apenas a resposta que o STF manda aos políticos, de que não irá tolerar qualquer tipo de manobra para o repasse de recursos para as campanhas políticas. Até que enfim, um resquício de moralidade no país.

Bons ventos
Nem só de crise vive o empresariado de Bento Gonçalves. Nesta edição, o Semanário traz uma reportagem especial com pessoas que atuam em diversas áreas e estão conseguindo superar estes tempos difíceis e, além de obter lucro, também estão ampliando seus empreendimentos.
Como editor do jornal, acredito que é papel da imprensa, também, buscar fatores positivos e que deem ânimo à população, para ela não se abalar em um momento de retração da economia. Se os tempos difíceis não passam, precisamos buscar bons exemplos de criatividade e crescimento. A imprensa não tem como fugir das chamadas notícias ruins, que sempre se destacam em qualquer periódico, porém, pode equilibrar a situação trazendo informações positivas ligadas ao cotidiano da comunidade bento-gonçalvense.
E aqui, na Capital do Vinho, temos muitos exemplos para dar e o nosso objetivo é trazê-los cada vez mais para dentro do jornal.

O peito de Sartori
Podem falar o que quiserem do governador José Ivo Sartori. Mesmo com a rejeição de nove entre 10 pessoas as suas medidas, o gringo não muda (e nem mudará) suas convicções. É óbvio que ninguém quer o aumento do ICMS e o parcelamento de salários, porém, não há para onde correr neste momento.
Vou ser muito criticado por isso, mas torço que as medidas adotadas pelo governador (mesmo com o aumento do ICMS) deem certo e tornem o Rio Grande do Sul economicamente viável daqui há uns dois anos, pelo menos. As críticas às medidas do “Sartorão da massa” são duras, porém, ninguém apontou uma solução mais criativa que o aumento de impostos.
O aumento no limite de saques dos depósitos judiciais, algo tão criticado pelo próprio Sartori, aparece como situação inevitável para evitar que novos parcelamentos da folha de pagamento dos servidores aconteça. Apesar da turbulenta tempestade e de tudo o que ouviu nestes nove meses, acredito que o “Gringo que faz”, realmente fará.