Convenção do PMDB
A convenção do PMDB realizada no sábado, 29, e que reelegeu César Gabardo como presidente do diretório municipal, expôs pela primeira vez, de forma pública, as divergências e a divisão de alas existentes no partido. As explanações que antecederam a eleição dos membros do diretório e da executiva mostraram que tudo pode acontecer daqui pra frente.
Para se ter uma ideia, o ex-prefeito Aido Bertuol chegou a falar em desfiliação durante seu discurso. Os vereadores Moisés Scussel Neto e Márcio Pillotti, não acompanharam sequer a eleição da nominata do diretório e da executiva.
Por outro lado, a dupla César Gabardo e Elvio de Lima dão uma demonstração de força dentro do partido, conseguindo mais de 500 filiados nos últimos meses, graças à criação de subdiretórios em 23 bairros e nos quatro distritos. Agora, começa a negociação para as eleições em 2016. Tudo pode acontecer.

Convenção do PMDB II
A reeleição de César Gabardo é um duro golpe na ala do ex-prefeito Aido Bertuol, que contava ainda com o deputado estadual Alexandre Postal e os vereadores Moisés Scussel e Márcio Pilotti. O ex-prefeito Alcindo Gabrieli, na última hora, tentou unir as duas alas, sem sucesso.
Gabardo obteve 404 votos a favor e apenas 37 contrários. Esta votação mostra uma mudança de postura dentro do PMDB, que o presidente reeleito deixou claro em seu discurso. “Não vamos permitir que nenhum prefeito descida se o PMDB vai ter candidato próprio ou não, ou quem será o nome indicado em uma coligação como vice-prefeito”, disse um Gabardo que tem como filosofia o “nós” e não o “eu”.
Além do recado endereçado aos dissidentes do partido, o presidente peemedebista deixou claro que todas as negociações para as eleições municipais do ano que vem serão discutidas com todo o diretório. Mesmo aqueles que não têm direito a voto serão ouvidos. Vai ser difícil alguém querer impor alguma coisa.

A falta de um bom assessor
Muitos políticos não se dão conta da importância de estarem bem assessorados quando assumem um cargo público. Desde o vereador, até a presidente da República precisam de pessoas capacitadas e que possam evitar que eles enfrentem problemas com a opinião pública.
Muitos políticos escolhem amigos ou pessoas que concordam com tudo o que eles dizem para assessorá-los, esquecendo-se que um bom assessor é aquele que sabe dizer quando seu chefe está errado e aconselhá-lo a mudar de ideia ou seguir outra linha de raciocínio.
Um exemplo claro disso é o que acontece com o governador José Ivo Sartori. No primeiro parcelamento de salários, o governador viajou para Curitiba, na formatura de um sobrinho, deixando as explicações para o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. No domingo, 30, ficou dançando na abertura da Expointer, mesmo com a indignação dos servidores públicos pelo depósito de R$ 600 em suas contas. Ah, como faz falta ter um bom assessor.

Mais apoio para a BM
Não faltava mais nada. Ouvi, de forma estarrecida, o comandante do 3º BPAT, major Álvaro Martinelli, dizer na sessão ordinária da Câmara de Vereadores que os bandidos têm acesso a comunicação de rádio da Central e das viaturas da Brigada Militar. E, pior do que isso, saber que não há recursos para a compra de um equipamento que evite este tipo de atitude.
Mesmo com a bandidagem tendo acesso a estas informações, nunca os policiais prenderam tantos delinquentes em nossa cidade. Não sei o custo deste equipamento, mas será que ele é tão caro assim que os empresários de Bento Gonçalves não poderiam se unir e auxiliar a BM para a aquisição do mesmo? Afinal, os donos de estabelecimentos comerciais são os primeiros a reclamarem da falta de segurança. Por outro lado, pode ser que eles nem tenham sido consultados ou tão pouco comunicados deste problema. Ontem foram as câmeras, agora os rádios. A Brigada Militar precisa do apoio de nossas lideranças.