Consulta Popular

Nos últimos anos, parece que a comunidade de Bento Gonçalves tem olhado com um certo desdém para a Consulta Popular. Os números mostram que a participação diminuiu drasticamente mas, mesmo assim, várias conquistas importantes têm que ser comemoradas.

Se não fosse a Consulta Popular não teríamos o aparelho de radioterapia instalado no Hospital Tacchini, que hoje é referência no tratamento para a região. E, provavelmente no mês que vem, teremos a instalação dos aparelhos para a realização do serviço de endoscopia, algo tão necessário para os pacientes da cidade, que precisam viajar até outros municípios para realizar estes exames.

Por isso, confira os locais de votação e não deixe de participar desta importante mobilização. Este movimento não tem bandeira político partidária, pois vai ajudar diretamente a nossa comunidade. Precisamos continuar apostando nesta alternativa.

E o Vem Pra Rua BG?

Está mais uma vez comprovado que a tal mobilização realizada no mês de março em Bento Gonçalves não passou de um modismo e de um desfile de moda entre muitos dos participantes. Neste fim de semana, enquanto uma grande parte do País saiu às ruas para pedir o impeachment da presidente Dilma Roussef, os bento-gonçalvenses preferiram ficar no conforto de suas casas e não aderir à mobilização, que teve apenas 40 abnegados, que depois viraram 15, em frente à prefeitura.

Quem não lembra da passeata de março, onde alguns empresários mostraram sua indignação contra o governo e muitos manifestantes (que chegaram com seus carros importados, camisetas da Seleção Brasileira e tênis de marca) entoavam gritos e ordem. Foi bonito de ver aquela mobilização. Porém, passados cinco meses, parece que o grito que pedia o fim da corrupção e fora Dilma silenciou. Realmente, esta foi uma moda que passou bem depressa na Capital do Vinho.

Gasolina mais cara

Do dia para a noite os postos de combustíveis em Bento Gonçalves amanheceram com novos preços nas bombas, mesmo que nenhum reajuste pelo Governo. No dia 25 de abril, o Semanário publicou uma reportagem com os preços da gasolina praticados na cidade. Na época, o combustível variava de R$ 2,99 a R$ 3,49. Coincidentemente, um dia após a publicação, não se achava gasolina com preço superior a R$ 3,19 na cidade, o preço mais comum na maioria dos postos.

Agora, os preços voltaram a subir subitamente, cerca de 6%. E, de novo, coincidentemente, todos os postos realizaram este aumento. Alguns gerentes afirmam que os preços anteriores estavam sendo praticados de forma promocional.
Claro que o preço nos postos não é igual, mas o Ministério Público analisa estas mudanças de valores quase que combinadas, o que poderia caracterizar uma formação de cartel. E nós, consumidores, temos que apenas assistir a esse tipo de atitude.

Vereadores processados

Tenho recebidos alguns e-mails de leitores perguntando em que pé está o caso envolvendo os quatro vereadores que estão sendo processados sob a acusação de ficarem com parte dos salários de seus assessores. Em conversa com o promotor Alécio Nogueira, responsável pela ação civil pública de improbidade administrativa contra os parlamentares, foi explicado que o processo está em sua fase inicial, apesar do longo tempo decorrido.

O promotor explicou que se trata de uma tramitação demorada, não por culpa do Judiciário, mas pela Legislação brasileira. Nogueira revela que, como houve recurso dessa decisão que recebeu a petição inicial do MP, o próximo passo é a apreciação dessa inconformidade pelo Tribunal de Justiça. Independentemente disso, os réus serão citados para apresentar suas defesas.

Até o momento, nenhuma testemunha foi ouvida, o que ocorrerá na fase de instrução do processo, após as contestações e a réplica. Portanto, meus amigos, a situação vai se arrastar por muito tempo até termos uma decisão definitiva.