Movimentações políticas

Ainda falta mais de um ano para as eleições municipais, mas a movimentação nos bastidores está intensa. A busca por apoios e composições começou muito antes do que os eleitores podem imaginar.

Desde o PP, partido do prefeito Guilherme Pasin, até os demais que querem assumir a prefeitura, correm atrás de alianças que possam permitir o fortalecimento das candidaturas em 2016. Por enquanto, tudo ainda está na base da especulação, jantares em casas de lideranças partidárias e encontros em locais reservados. Outra novidade é a criação de subdiretórios partidários nos bairros, algo que pode repercutir positivamente nas urnas.

O fato é que poderemos ter muitas surpresas ainda este ano, inclusive com a grande possibilidade de até três vereadores trocarem de partido antes do mês de outubro. Isso mesmo, o assédio não recai somente sobre as siglas, mas também em cima dos parlamentares.

Governo segura recursos

Os municípios brasileiros, Bento Gonçalves entre eles, estão sofrendo com o fechamento dos cofres promovidos pelo Governo Federal. Obras importantes que estão sendo tocadas na cidade, como a revitalização do bairro Municipal e o Centro de Esporte e Lazer, no bairro Ouro Verde, estão sendo afetadas pela falta de liberação dos recursos que já estavam disponíveis para utilização.

A Prefeitura está fazendo malabarismos para garantir pelo menos parte dos pagamentos às empresas, a fim de evitar que os trabalhos sejam paralisados. A situação é tão crítica que o Poder Público espera para sexta-feira uma resposta da Superintendência Regional da Caixa Federal para a liberação de R$ 130 mil referente à obra no Ouro Verde.

Se para projetos menores as verbas não são disponibilizadas, imaginem então o que dizer em relação à construção do Centro de Alto Rendimento, junto ao Montanha dos Vinhedos, que tem recursos na ordem dos R$ 4 milhões. Mais um ano sem sair do papel.

Dia de Libertadores

Hoje à noite, a metade colorada do Rio Grande do Sul estará ligada no primeiro jogo das semifinais da Copa Libertadores entre Internacional e Tigres, do México. Como bom colorado que sou, aposto minhas fichas no tão falado rodízio feito por Diego Aguirre.

Ao contrário do amigo e coloradíssimo Leonardo Giordani, presidente do CIC, que detestou o esquema montado pelo técnico uruguaio, acredito que Aguirre fez o certo, pois o foco no Brasileiro era inexistente, tanto entre atletas, quanto entre direção e comissão técnica.

Penso que os jogadores estarão ligados na tomada para a partida de logo mais e veremos um outro espírito da equipe. O certo é que as unhas coloradas serão roídas por pela torcida no estádio ou por quem estiver assistindo pela televisão.

O mesmo vale para a metade azul, que estará acendendo uma vela para cada santo, torcendo pela eliminação colorada. Um terceiro título continental seria a última pá de terra sobre o calvário sem títulos vivido pelos gremistas.

25 anos do ECA

Na segunda-feira, 13, foi comemorado os 25 anos de criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O documento que regula as leis para os nossos menores mostra que neste um quarto de século teve pouca eficácia. Os números mostram que a evasão escolar aumentou, os crimes cometidos por menores também e, nos dias de hoje, os pais que tentam educar seus filhos são ameaçados pelos próprios com o Conselho Tutelar.

Mas isso tudo é culpa do ECA? Claro que não. Porém, os pais perderam a mão na educação dos filhos. Querem que a escola faça isso e deixam tudo na mão dos professores. Hoje, em uma sala de aula, dá para contar nos dedos quem realmente está interessado em aprender o que o professor está ensinando.

O Estatuto deixa a desejar e isto é fato concreto. Por isso, políticos, pais e conselheiros tutelares têm sua parcela de responsabilidade neste caminho quase sem volta de educar nossas crianças. E tem gente que acha que a maioridade penal, por si só, vai resolver alguma coisa.