Modismos no Facebook

É incrível como a rede social Facebook virou tema de debates e de intromissão na vida do próximo. Quem acessa o aplicativo acompanha discussões banais e moralistas de plantão querendo mudar o mundo de dentro do seu quarto ou escritório.

A última polêmica foi em relação às fotos coloridas com o tom do arco-íris postadas pelos internautas. Muitos nem sabiam o motivo, mas aderiram ao modismo, que tinha por objetivo celebrar a decisão em favor do casamento gay nos Estados Unidos.

Segundo dados do Facebook, apenas 1,8% dos usuários aderiram ao movimento. Mesmo assim, tal atitude parece ter incomodado muita gente. Clamamos por liberdade de expressão e democracia, mas somos os primeiros a censurar algum tipo de posicionamento de um grupo de pessoas. Para quem não gosta dos modismos da geração internet, a minha sugestão é: apenas não curta e respeite a liberdade do próximo.

Dinheiro público

Os setores de Bento Gonçalves estão se tornando muito dependentes do Executivo Municipal. Hoje, em nossa cidade, são poucas as iniciativas realizadas sem que haja um aporte financeiro substancial da Prefeitura. E o pior de tudo é que na maioria deles não há contrapartida comunitária ou assistencial.

A palavra iniciativa privada sumiu das realizações devido ao paternalismo exercido pelo Poder Público para que nossos eventos continuem acontecendo. O mesmo acontece com clubes esportivos e associações que, em sua maioria, já fazem seu planejamento contando com o dinheiro do Executivo, caso contrário não conseguem se manter. Afinal, é mais fácil conseguir recursos públicos do que ir atrás de patrocínios privados.

Felizmente, a galinha de ovos de ouro chamada Prefeitura ainda consegue suportar tudo isso, mas até quando não se sabe. Pergunto a vocês: quantos eventos teriam na cidade caso o prefeito fechasse a torneira e não liberasse mais recursos?

Tempo perdido

Quem acompanha as sessões da Câmara de Vereadores pela televisão ou ao vivo deve sofrer um misto de revolta, indignação ou, até mesmo, se perguntar por que não trocar de canal. Os parlamentares deviam aproveitar melhor o tempo disponível para trazer sugestões e mostrar o que estão fazendo pela comunidade bento-gonçalvense.

A sessão plenária virou um embate entre os vereadores Moacir Camerini (PT) e Moisés Scussel (PMDB). Enquanto para um está tudo ruim e nada é feito pela municipalidade, para o outro está tudo maravilhoso e nunca se viu tantas obras no município. Neste caso, posso afirmar que nem 8 e nem 80 estão corretos. E o que falar na maioria dos parlamentares que nem chega a se manifestar, ou quando o faz é para agradecer ao almoço ou jantar em um evento.

Estamos entrando no terceiro ano desta banalidade, que afasta cada vez mais o telespectador da frente da televisão e a população da Casa do Povo. A comunidade de Bento merece mais que isso.

Comentário infeliz

Dunga, treinador da Seleção Brasileira, foi muito infeliz ao comentar que era afrodescendente e gosta de apanhar, fazendo uma analogia às críticas que vem recebendo da imprensa. Depois, voltou atrás e disse que este não é o seu pensamento.

Eu sempre combati o chamado coitadismo que alguns movimentos insistem em produzir ao falarem das questões raciais neste país. Acho que os negros podem ocupar posições de destaque, mesmo estudando em escola pública e sem as tais cotas sempre tão comentadas e discutidas.

Mas é fato que o pensamento do técnico realmente está presente na cabeça de muita gente. Pessoas que colocam a cor da pele na frente do caráter e na conduta de uma pessoa. Pode até parecer um “mimimi” dos chamados politicamente corretos em relação ao preconceito racial. Mas é real dizer que os negros sofreram na pela a indiferença nos últimos 150 anos. Ainda hoje há aqueles (minoria, graças a Deus) que torcem o nariz para os chamados DE COR. Dunga é apenas mais um que carrega este pensamento no seu interior.