Estudos em segundo plano

A edição de hoje traz uma reportagem especial sobre a preocupação do Conselho Tutelar e Ministério Público com a evasão de crianças e adolescentes da escola. Os números são altos e não baixam há vários anos.

Os alunos sabem que precisam estudar, mas deixam para o segundo plano. Agora, invente de dar a eles um celular de última geração para ver o que acontece. Sabem tudo, dominam o aparelho como poucos e não precisam de pressão para aprender o seu funcionamento.

A evasão escolar se deve à falta de interesse por qualquer coisa que lhes exija um pouco mais de comprometimento. Com têm casa, comida e roupa lavada, acham que não precisam dar a sua contrapartida que é, simplesmente, ir à escola e estudar.

Nem a ameaça (para não dizer vergonha) de ser chamado ao Ministério Público parece incomodar os pais que viraram reféns de seus filhos, que vão se tornar adultos irresponsáveis.

Estudos em segundo plano II

Quando um filho anda na rua, ele é um pedaço físico nosso. Eles são uma extensão da nossa imagem. Por isso mesmo, precisamos zelar pela sua educação, mesmo que, para isso, tenhamos que ser mais duros com os garotos.

Porém, isso não acontece. Meninos e meninas, principalmente os adolescentes, tornaram-se inconsequentes e sem medo de fazer coisas erradas. São inerentes aos xingões e até puxões de orelhas. Sabem que a dureza dos pais não dura 24 horas. Os filhos não ficam mais de castigo, infelizmente.

Quando o pai o proíbe de sair de casa por ter aprontado algo, mantém sua mordomias, como o celular de última geração e a internet. A situação educacional destes adolescentes está quase fora de controle, e é independe da classe social.

Será que a culpa é realmente deste mundo moderno ou os pais ficaram mais liberais, ao evitar que seus filhos tivessem uma educação mais rígida como eles tiveram antigamente.

Pessoas x animais

Um tema polêmico e delicado vem ganhando espaço nas discussões das redes sociais, que é a causa animal. Como certeza, proteger os bichos e evitar que eles sofram maus tratos é de fundamental importância. O trabalho realizado por estes abnegados é relevante e cada vez mais necessário nos dias de hoje.

Porém, porque os moradores de rua não merecem a mesma atenção? Vejo as campanhas de agasalho para os carentes, mas não enxergo um empenho ou dedicação para auxiliar pessoas vulneráveis e que precisariam de um auxílio.

Os animais ganharam um espaço importante na vida das pessoas e precisam de muito carinho e atenção. Mas será que o ser humano também não precisa desta dedicação?

A maioria acredita que cuidar das pessoas é um papel do Poder Público, que não o faz ou faz pouco por diversos motivos. É uma questão séria e que precisa ser discutida de forma mais digna.

Direitos para quem?

Os deputados Catarina Paladini (PSB), Manuela D’Ávila (PC do B), Pedro Ruas (PSOL), Miriam Marroni (PT) e Jeferson Fernandes (PT) encaminharam nesta segunda-feira, 15, um projeto de lei que tem como objetivo conceder passe livre para apenados do semiaberto, filhos e cônjuges em ônibus intermunicipais. A proposta nasceu de debates na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e elenca uma série de condições para a concessão do benefício. O projeto concede o passe livre aos detentos do regime semiaberto que estejam usufruindo do direito à saída temporária, além de filhos e cônjuges que tenham renda per capita inferior a 1,5 salário mínimo (duas passagens por mês). Os parentes de presos dos regimes fechado também teriam direito ao benefício.

Estamos acompanhando uma inversão de valores, onde quem comete delitos recebe regalias e benefícios, sustentados por quem paga seus impostos e suas contas em dia. Sempre tive minhas restrições com os chamados “direitos humanos” que normalmente olham apenas para aqueles que cometem delitos.