Um pouco mais de educação

Posso dizer que fiquei surpreendido neste final de semana ao ir em dois supermercados da cidade. Fui atendido com educação, sendo recebido com um bom dia e, também, um muito obrigado por ter estado lá.

Minha surpresa se deve ao fato de isso não ser regra, tanto por parte do atendente, quanto por quem é atendido. As pessoas estão sempre com pressa, correndo, e esquecem os pricípios básicos aprendidos em casa.

Afinal, dizer um bom dia é algo tão simples, mas que, para muitos, é tão difícil de executar. Vemos isso nas empresas também. As pessoas chegam e saem de seus locais de trabalho e esquecem de cumprimentar os colegas.

A educação e a cordialidade ficaram em segundo plano, infelizmente. E isso vale para os mais jovens e os mais velhos, pois, nos dias de hoje, a má educação não tem idade.

Vestimenta adequada

Foi-se o tempo em que as pessoas saíam de casa para pedir emprego bem vestidos. Num tempo não muito distante, íamos para uma entrevista em uma empresa com a melhor roupa disponível, barba feita, cabelo bem cortado.

Nos dias de hoje, o camarada vai para uma entrevista até com camiseta de propaganda. Claro, não vai faltar quem diga: mas o que vale é a competência e não a aparência. Com certeza, mas que uma pessoa bem aparente tem mais chances de ser empregada que o desleixado.

Porém, como diz um velho ditado, a primeira impressão é a que fica. É óbvio que a competência tem que sempre ser levada em conta, mas quem não cuida de sua aparência quando vai pedir emprego, imagina como vai agir quando estiver empregado.

Podem até me chamar de antiquado (e sou mesmo, para algumas coisas), mas há coisas que, mesmo com o passar do tempo, não se pode abrir mão. Respeito aos mais velhos e à hierarquia é um fator preponderante para qualquer um.

Afinal, o que é pecado?

Neste final de semana fui até a igreja de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha. Lá, vi centenas de pessoas acompanhando as missas da pré-romaria. Nas mensagens a palavra pecado aparecia vez por outra. Mas afinal, o que realmente é o pecado?

Se pegarmos os 10 mandamentos, veremos que cada um de nós comete, pelo menos, um pecado por dia. Levando à risca a palvra de Deus, estaríamos queimando no fogo do inferno em pouquíssimo tempo.

Aí me pergunto: os religiosos não pecam? Muitos sim, e não é pouco. Mas isso acontece em todas as instâncias, seja a pessoa rica ou pobre, ateu ou beato fervoroso.

Independente de quem seja, somos especialistas em aplicar o antigo ditado: faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Como seres humanos, somos falhos e nada vai mudar essa condição. Mesmo que alguns achem que estão acima do bem e do mal.

Cotas, para quê?

As cotas viraram motivo de tábua de salvação para algumas pessoas entrarem na faculdade, fazerem um concurso público e, até mesmo, arranjarem um emprego. Temos cotas para negros, índios e deficientes, entre outros.

Pois bem, me questiono dos motivos de tal segregação. Será mesmo que estas cotas são necessárias? E se é para termos cotas, porque não fazê-las para a população de baixa renda, onde estariam inclusos negros, brancos, amarelos, deficientes, índios e tudo mais?

Acho um privilégio indevido, um desrepito com a sociedade. Não vai faltar quem diga: “bah, mas temos que auxiliar os mais necessitados”. Pois bem, que deem cotas aos pobres, independente da cor de sua pele. O favorecimento, da forma em que está colocado, criamos uma confortável rede assistencial.

Acredito que as pessoas têm que ser desafiadas para saírem da inércia. Afinal, nos bancos escolares ninguém está proibido de estudar, de buscar conhecimento. O problema está no fato das pessoas quererem deixar o grupo do senso comum. Se destacar, se qualificar e ir além na vida é difícil. É mais fácil esperar as benesses do governo.