“Inveja boa”

Não é de hoje que virou moda as pessoas utilizarem a expressão “inveja boa” ou “inveja branca” para descrever a vontade de ter feito algo ou conquistar uma coisa que outra pessoa fez ou conquistou. É da natureza humana sentir inveja. Por mais que a gente tente evitar, é impossível não desejar para nós o que os outros têm: seja mais dinheiro, um emprego melhor, ou até traços da personalidade, como ser mais engraçado, por exemplo.

Na minha modesta opinião, esta é apenas uma artimanha dos invejosos de plantão para “maquiar” aquilo que realmente sentem. Claro que devemos pesar muito bem de quem vem a tal “inveja boa”, mas penso que de inocente não há nada.

Imagine receber aumento de salário e os demais de sua repartição não. Mesmo que você tenha feito por merecer, não há como não vir uma energia negativa dos demais. Quem, em sã consciência, diria “fico feliz que tu tenhas recebido aumento e eu não”.

Aprenda a dizer não

Há muitas coisas nesta vida que podemos resolver dizendo um simples não. A falta desta pequena palavra, muitas vezes, pode por fim a uma amizade de anos. É difícil encontrar alguém que não tenha um amigo que, devido a um desentendimento, não tem mais contato nos dias de hoje.

Mesmo sendo amigo, às vezes é prudente dizer um não. Principalmente naquelas questões de pedir dinheiro emprestado, usar talão de cheque ou ser fiador em um aluguel. Qualquer problema que venha a acontecer, mesmo que involuntário, vai provocar dores de cabeça. E é neste momento que você vai lembrar que poderia ter evitado esta situação constrangedora de ter que cobrar (e, na maioria das vezes, não receber) a conta do amigo tão estimado.

Por isso, é sempre bom lembrar que você não está sendo ruim por negar um favor deste tipo a alguém mais próximo, mas, sim, conservando a amizade. Afinal, amigo é aquele que diz as coisas certas e verdadeiras, mesmo que elas venham a machucar quem houve.

A vida e as redes sociais

Pesquisa de uma universidade americana revela que estamos perdendo cerca de 20% do nosso tempo utilizando redes sociais. Não conheço os pesquisadores, mas tenho certeza que a pesquisa está muito próxima da realidade. Quando almoço fora, fico observando as mesas. Se lá estão quatro pessoas, três estão no celular, vasculhando as redes sociais.

Claro que todos estes aplicativos (que não cito o nome porque todos sabem de cor quais são) são úteis e vieram para auxiliar e facilitar a nossa vida. Mas as pessoas estão abusando. Umas postam de tudo, do tipo: #partiu banho, #indo jantar, etc…

O cúmulo foi ver, em um bar aqui da cidade, um pai (que está separado da mãe) levando o filho para comer um lanche. Por longos 40 minutos fiquei observando e nenhuma palavra foi trocada. Os dois permaneciam vidrados no celular, um jogando e outro teclando. Resumindo: estamos desaprendendo a conversar, interagir uns com os outros.

Exemplo a ser seguido

Nesta segunda-feira, 13, morreu o escritor uruguaio Eduardo Galeano, vítima de câncer. Aproveito para questionar e provocar os leitores sobre a leitura de uma das suas obras. Uma delas, As Veias Abertas da América Latina, é um clássico da literatura política latino-americana e foi traduzida em mais de 20 idiomas.

Cito Galeano para mostrar como estamos afastados da literatura, da ampliação de conhecimento, da chamada cultura geral. São os sinais dos tempos, onde quem sabe um pouco de cada coisa é considerado gênio, devido a baixa intelectualidade dos seres.

Mas ainda há esperança. Enquanto reclamamos que os jovens estão cada vez mais distantes dos estudos, os mais velhos não desistem e seguem dando o exemplo. Quero destacar o casal Edemir (Tite) e Nelita Castagnetti. Os dois já passaram da casa dos 6.0, mas, mesmo assim, não largaram os estudos. Após criarem os filhos e acompanharem a chegada dos primeiros netos, foram para a faculdade e, no sábado, 11, comemoraram a formatura no curso de Direito. Um verdadeiro exemplo a ser seguido.