Vocês estão ligados na reviravolta que conceitos na alimentação e nos exercícios fizeram de um tempo para cá? Muita coisa mudou e tudo bem, entendo que tudo seja uma evolução…mas aí me pergunto: o que mudou? O corpo humano? Os médicos não sabiam tanto assim? Há alguns anos, ovo causava colesterol, hoje é considerado o segundo melhor alimento do mundo, perdendo somente para o leite materno. E sem moderação de consumo.

O trigo e o leite tornaram-se vilões. As pessoas estão em um quadro alérgico grave e se tornando intolerantes a vários alimentos. Se uma vez imaginar os americanos comendo bacon e ovos no café da manhã era ter um colapso, pode mudar de ideia, pois é muito mais saudável do que aquele pão francês com manteiga que você ingeriu hoje.

Correr na esteira por um longo período de tempo era a salvação para quem queria perder aqueles quilinhos extras. Hoje, inúmeros estudos já comprovaram que aeróbico de baixa intensidade por um longo período de tempo não funciona como a gente espera.

A indústria alimentícia está aí há anos fazendo um ótimo trabalho – parabéns – entupindo nossas artérias. O açúcar já está fora da tabela nutricional e quando comemos, “a dopamina é liberada no cérebro, dando-nos uma sensação de prazer, semelhante ao efeito das drogas, como a cocaína”.

Nosso cérebro é obcecado por procurar atividades que liberam dopamina. O açúcar vicia. Tanto é que existem os comedores compulsivos, terapia, tratamento, pois é uma doença. Essa indústria nos enche gordura hidrogenada, substâncias inflamatórias vestidas de uma camada generosa de marketing. O melhor conteúdo que já encontrei sobre saúde física e mental foi gratuitamente, na internet. Há um tempo atrás, fazer dieta era para os ricos, pois não era possível comprar aqueles shitakes, não. Mas hoje, se alimentar mal é pelo menos duas vezes mais caro. Já viu quanto está a barra de chocolate? CHOCADA.

Fico feliz em ver que a área da nutrição está entendendo isso, e está voltando seu trabalho para o mais simples e o mais difícil de se fazer: se alimentar com produtos naturais e trabalhar a mente humana, que é onde está toda a dificuldade, baseada na cultura que herdamos, segundo a qual um sorvete cheio de gordura trans era prêmio para um boletim com notas azuis. Nos acostumamos a nos presentear com comida, viramos escravos dela.

Não é porque estou falando isso que não como de tudo. Na verdade sou intolerante ao glúten e à lactose. Não que eu não possa comer, como os celíacos. Mas são substâncias que não me fazem bem – e diga-se de passagem, muito pelo contrário. Por isso, evito ao máximo e como é difícil pessoas com restrição alimentar comer em Bento Gonçalves… Se por um lado temos uma cidade pra frente, temos muito caminho ainda para percorrer.

No final, fico feliz por descobrir muitas coisas novas e esclarecedoras. O que me serve, aplico. Por outro lado, é triste imaginar como a indústria alimentícia nos enfia goela abaixo a ideia de que MERECEMOS comer um x-burguer. MERECEMOS? Essa é a palavra mesmo? Mas quem sou eu para dizer o contrário. A gente é o que a gente come e o que deixa de comer.

*Não sou especialista e não tenho propriedade para falar sobre alimentação. Tudo o que compartilho com voces é devido às minhas experiências e também artigos publicados em sites confiáveis. E claro, a minha incessante vontade de querer sempre saber mais!

drjulianopimentel.com.br/artigos/acucar-e-prejudicial-saude/

lowcarb-paleo.com.br/2012/12/exercicio-sim-mas-nao-o-que-lhe.html

boaforma.abril.com.br/dieta/acucar-vicia-tanto-quanto-cigarro-afirmam-cientistas/