Decisão deverá ser contestada pela Amesne até domingo, 19

A bandeira vermelha do modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Rio Grande do Sul deve permanecer na próxima semana. Pelo menos é o que indica o mapa preliminar que foi anunciado na tarde de sexta-feira, 17. Das 20 regiões em que o estado é dividido, apenas duas foram classificadas como de risco médio, ou seja, bandeira laranja. A partir de agora, as prefeituras poderão encaminhar até domingo, 19, os pedidos de reconsideração, apontando as medidas e dados que possam levar as regiões para a bandeira laranja.

De acordo com o relatório apresentado, a região da Serra apresentou piora em seus índices, se comparados com a rodada anterior. Apesar de apontar aumento do número de leitos hospitalares, o percentual de ocupação da última semana subiu de 65 para 72,5%. O Governo entendeu que mesmo com a abertura de novos espaços, a solução não tem sido eficaz, afinal, o número de infectados e internações segue aumentando.

Na nova rodada, apenas a região de Pelotas apresentou melhora nos indicadores suficiente para ter regressão na bandeira, passando de vermelha para a laranja. Bagé foi a única que permaneceu no mesmo nível, com cor laranja.

Alerta para a Bandeira Preta

Nestas 11 semanas de Distanciamento Controlado, o RS segue sem registro da bandeira mais grave, de cor preta. No entanto, as equipes do governo alertam para a situação de cinco regiões que ficaram muito próximas de migrarem para o nível de risco altíssimo.

Para atingir a bandeira preta, o arredondamento da média ponderada dos 11 indicadores deve alcançar, no mínimo, 2,5, enquanto a da bandeira vermelha é 1,5. Nesta rodada, Taquara ficou média de 2,40, Porto Alegre (2,36), Capão da Canoa (2,33) e Novo Hamburgo e Canoas (2,25).

As bandeiras definitivas serão divulgadas na segunda-feira, 20. Se for mantida a bandeira vermelha, a partir de terça-feira, 21, as medidas restritivas devem seguir por mais sete dias.

Amesne irá recorrer da decisão do governo

Em nota oficial, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), informou que vai ingressar com recurso para que o governo reconsidere a classificação. Conforme o documento, assinado pelo presidente da entidade, José Carlos Breda, a região segue se esforçando para aumentar a capacidade de atendimento em casos leves e graves e possui as condições necessárias para voltar à bandeira laranja.

Além disso, a Amense criticou a maneira como o Modelo de Distanciamento Controlado é aplicado no Rio Grande do Sul. “No nascedouro mostrou-se uma ferramenta eficaz de controle, atualmente não mais mostra a mesma eficácia, distanciando-se da efetiva e real situação  fática da região”, garante.