Nesta última parte da série, a avaliação dos dirigentes da
Proamb, Movergs e CIC-BG

Avaliar os fatos e acontecimentos de 2019 é primordial para projetar os novos caminhos a serem trilhados. Por isso, muitas entidades analisam e se preparam para um novo ciclo, prospectando investimentos e a forma de atuação na sociedade.

Nesta última parte do balanços e perspectivas, os depoimentos dos presidentes: da Fundação Proamb, Neri Basso; da Movergs, Rogério Francio, do presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços CIC-BG, Rogério Capoani e do presidente do CIC-BG gestão 2018/2019, Elton Paulo Gialdi.

“A Proamb está se preparando para um cenário futuro de grandes oportunidades”

O presidente da Fundação Proamb, Neri Basso, revela que 2019 foi estratégico para a entidade, principalmente no que tange a preparação para o futuro. Segundo ele, o resultado obtido ao longo dos 12 meses do ano anterior ficou muito além do projetado. “Além disso, consolidamos investimentos importantes e formação de uma equipe multidisciplinar, que vem atuando de forma intensa, para entregar o nosso propósito aos clientes e sociedade”, pontua. Outro detalhe é que o ano também foi de consolidação do Centro de Análises Ambientais, com laboratório em Bento. “Inaugurado em 2018, vem experimentando um rápido amadurecimento em relação à sua estrutura de prestação de serviços”, complementa.

Segundo o dirigente, algumas novidades estão programadas e em breve, serão compartilhadas. “A Proamb está se preparando para um cenário futuro de grandes oportunidades e crescimento, com responsabilidade, atuando de forma ética e profissional para desacelerar os impactos ambientais na região Sul do país”, esclarece. Ele também aborda que, apesar de um período de crescimento, o objetivo é ainda mais arrojado. “Aumentar o tamanho da Fundação com os pés no chão, planejamento estratégico e equipe qualificada, para nos tornarmos referência no terceiro setor nos próximos anos, no Brasil”, espera.

Basso também revela que outra grande expectativa para o ano de 2020 é a realização da 9ª edição da Fiema, que acontece em abril. “Ela reunirá profissionais, estudantes e público de interesse, no maior e mais importante evento ambiental do Sul do país. Estamos trabalhando de forma ativa, junto a expositores, painelistas e participantes, para construirmos a maior edição da feira de todos os tempos. Nos dias 14, 15 e 16 de abril, estão todos convidados a prestigiarem esse grande momento de negócios, relacionamento e tecnologia”, convida.

“O mercado internacional foi um dos grandes propulsores de 2019 e as indústrias gaúchas têm se estruturado para atender esse comércio”

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Rogério Francio, revela que o crescimento da indústria gaúcha nos 12 meses de 2019 foi um sinal de que o setor começa a colher os frutos de ações tomadas durante a crise. “Como investimentos em tecnologia, negociação com fornecedores de matérias-primas e busca de novos mercados”, pontua. Ele destaca que no 2º semestre do ano anterior, começaram a vislumbrar as melhorias da economia, porém, ainda há muitos entraves políticos que inviabilizam essa tendência. Além disso, ele pontua que o mercado internacional foi um dos grandes propulsores de 2019. “As indústrias gaúchas têm se estruturado e preparado para atender esse comércio que cresce de forma acelerada, aceitando o móvel brasileiro de maneira mais intensa”, esclarece.

De acordo com o dirigente, os dois próximos anos devem ser de evolução significativa. “Acredito em um novo Brasil, em uma economia mais forte e em programas que permitam o desenvolvimento e o crescimento do País. Vamos voltar a ter bons negócios, por isso é muito importante que estejamos preparados para essa retomada”, salienta. Ele ainda frisa que as reformas dão motivos para acreditar que uma agenda positiva proporcionará melhorias no ambiente de negócios. “Ações como essas são imprescindíveis para destravar o crescimento. Ainda temos uma extensa pauta a ser debatida, mas acredito que não tem volta. O Brasil precisa dessas mudanças para retomar a confiança e restabelecer o crescimento”, revela.

“O CIC-BG tem representatividade forte e ampla e o compromisso é trabalhar para manter esta condição”

Tanto Elton Paulo Gialdi, presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), gestão 2018/2019, quanto Rogério Capoani, atual presidente da entidade, acreditam que o ano de 2020 será entusiasmante. “Tenho grande convicção de que será um ano em que o Brasil começará, de fato, a sentir mais fortemente os efeitos da retomada econômica. Mas carece de contínuo avanço”, revela Gialdi. “Estamos muito entusiasmados com relação a 2020, prova disso é que já iniciamos os trabalhos de planejamento para as atividades frente ao CIC-BG no próximo biênio”, complementa Capoani.

Segundo o atual dirigente do CIC-BG, o grupo diretivo está participando de reuniões de planejamento, a fim de elaborar estratégias. “São planos de ações para cada área de atuação – contando, para isso, com o envolvimento direto de cada setor. Nossa intenção, enquanto gestão, é trabalhar com bastante ênfase no viés da execução do planejamento que está sendo elaborado, de forma coletiva, com toda equipe da diretoria”, pontua.

Ainda, Capoani, que assumiu a entidade no início deste ano, reitera que o CIC-BG tem representatividade forte e ampla, e que o compromisso é trabalhar pela manutenção e ampliação dessa condição.

Sobre 2019

Quem fala sobre 2019 é Elton Paulo Gialdi, que deixou a presidência da entidade em dezembro. Segundo ele, o ano anterior pode ser encarado como um momento de transição. “Realmente passamos por algumas mudanças, como a lei da liberdade econômica e a reforma da previdência. Temos ainda tantos outros assuntos para tratar, como a reforma tributária, e outros que estão em andamento, caso da PEC do Pacto Federativo e das privatizações. Acredito que, caso as agendas do governo avancem, temos boas chances de crescer acima dos 2,5% neste ano”, considera.

Quanto ao CIC, ele aborda que tiveram grandes avanços e conquistas. “Em especial, cito o retorno da Fenavinho. Nosso grande desafio agora é dar sustentabilidade à festa e tornar grande e esplendorosa como já foi um dia, acredito que todos os setores de nossa sociedade estão trabalhando para isso”, admite.

Além disso, Gialdi ressalta também a participação ativa em questões estruturais para a região, trabalhando em conjunto com entidades coirmãs. “Trabalhamos muito no sentido de reivindicar do governo a atenção que nossa região merece por toda a contribuição que dá ao estado e para o país, entendemos que merecemos melhores condições de infraestrutura”, conclui.