Mudança de comportamento é apontada como principal responsável

O percentual de motoristas flagrados sob o efeito de álcool ou que se recusaram a fazer o teste do etilômetro em Bento Gonçalves caiu nos últimos três anos. Os dados são do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), divulgados com exclusividade ao Semanário. Os números apontam uma mudança consistente de comportamento com relação à bebida e direção. De acordo com o relatório, entre os números de 2017 e 2018, houve queda de 21,25% no número de crimes de trânsito, quando o assunto é bebida alcoólica.

A queda nesse percentual de autuados por dirigir sob o efeito de álcool (incluindo recusa ao etilômetro) tem sido sistemática. Em 2016, foram 362 autuações, caindo para 240 em 2017 e chegando a 189 no ano passado. Para o Secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto da Rosa, que atuava junto ao DMT, os resultados são oriundos dos esforços na fiscalização e na conscientização. “A redução nos últimos três anos mostra mudança de comportamento em longo prazo, resultante da consistência do programa de fiscalização e do trabalho de conscientização na base”, explica. A redução percentual, apesar de apontar para uma mudança de comportamento com relação a bebida e direção, não significa números menores de motoristas autuados por beber e dirigir, já que as abordagens também crescem. Para este ano, a intenção, segundo Rosa, é ampliar o trabalho de orientação e fiscalização.

Diminuição também no Estado

Quando a Balada Segura foi implantada no Rio Grande do Sul, em 2011, o percentual de motoristas flagrados sob efeito de álcool ou que se recusavam a fazer o teste do etilômetro era de 12,2% sobre o total de abordados. Até outubro de 2018, o percentual passou para 6,6%. O balanço parcial foi divulgado pelo Detran RS e aponta consistente mudança de comportamento em relação à bebida e à direção. A variação é de -45,6% no período.

Depois de breve crescimento em 2014 e 2015, quando a Balada Segura se expandia pelo interior do estado, a queda no percentual de autuados por dirigir sob efeito de álcool (incluindo recusa ao etilômetro) tem sido sistemática. De 9,2%, em 2015; para 8,4%, em 2016; e 7,4%, em 2017. “A redução média de 10,4% nos últimos três anos mostra mudança de comportamento em longo prazo, resultante da consistência do programa de fiscalização”, explicou a diretora institucional do Detran RS, Juliana Oliveira da Silva.