Há centenas de “fórmulas mágicas” para enxugar os quilinhos a mais. São dietas de origem suspeita e que podem colocar a saúde em risco. No entanto, para perder peso de forma sau-dável, existem apenas três passos: praticar exercícios fí¬sicos com regularidade, man¬ter uma dieta equilibrada e , principalmente, não descui¬dar da autoestima.
De acordo com o endocri¬nologista Julio César Santos, o último item é indispensável para emagrecer e não read¬quirir o peso novamente. É ele também que faz com que você sabote o regime ou crie disciplina para levar adiante a meta de afinar a silhueta. “Autoestima baixa signifi¬ca, entre outras coisas, uma grande insegurança. Uma pessoa insegura dificilmente se sente motivada a desafios grandiosos. E perder peso é um grande desafio”, analisa o endocrinologista.
A ligação entre autoestima e perda ou aumento do peso é estreita. Se a primeira es¬tiver em baixa os reflexos se¬rão sentidos no corpo.

Equilíbrio da mente reflete na balança

A autoestima em alta ele¬va a confiança e a determi¬nação, dois fatores funda¬mentais para que uma dieta seja bem sucedida. “Ema¬grecer é um processo lento, assim como comer é prazero¬so. As pessoas têm uma tendência natural em descontar
naquilo que comem os seus problemas e angústias. Esta combinação destrói qualquer regime”, explica a psicóloga Ieda Cardoso. Segundo a pro¬fissional, pessoas com baixa autoestima encontram na alimentação uma válvula de escape.
Naturalmente e quase sem perceber, uma pessoa que sofre de baixa autoes¬tima come além do que o corpo necessita. Com isso, os pneuzinhos aparecem e, junto com eles, a frustração. “É um ciclo vicioso e difícil de ser quebrado. A pessoa se sente infeliz e desvalorizada, passa a comer mais e, quan¬do tenta emagrecer e perce¬be a dificuldade de eliminar o peso, ela perde a confiança e abandona o plano de ema¬grecimento”, complementa Julio César.
O desânimo provocado por uma baixa autoestima cul¬mina, inevitavelmente, na dificuldade de acreditar em si mesmo. Sem confiança, os pensamentos negativos e autodestrutivos, como o “eu não consigo fazer nada direito”, ganham espaço e o estímulo necessário para mu-dar hábitos e incorporar uma vida mais saudável fica prati¬camente inexistente.
São diversas as técnicas de terapia que podem ajudar nesse processo de autodesco¬brimento e autoestima. A psi¬cologia é uma ciência que se ocupa também desse tipo de pensamento e emoção.