Recebo, com relativa frequência, visitas ao SISTEMA S. E tenho tido gratas surpresas diante da qualidade pessoal e profissional das pessoas, o que tem, na essência, reforçado minha tese de que se estas pessoas fossem reunidas, constantemente, para debates e troca de ideias e experiências, a nível municipal e regional, teríamos comunidades melhores e interesses comunitários melhor defesos. Tempos atrás tínhamos aqui no Sistema S a idéia de realizar uma feira, a FEIRA DO BEM ESTAR. Bem, agora, eu penso em ser Ornitólogo, visitar o templo de BUDA em Três Coroas, passear pela Toscana na Itália, ou rezar as trezentas Ave Marias que fiquei devendo depois que me confessei, quando guri, com o Pe. Manica, que me condenou a rezar trezentas e trinta e, eu rezei, ajoelhado, apenas trinta. Devo esclarecer que, na época, pecar por omissão era um grande pecado, hoje não é mais, na época pegar a mão das namoradas em público era pecado, hoje a juventude “fica”, na época, dançar mais de três músicas com a mesma menina num baile era “pecado” pois a garota passaria a ser “mal falada”. Pois é, sou desse tempo.

Pois voltemos às visitas. Estiveram aqui o presidente da Associação Comercial e Industrial de Carlos Barbosa, Fabiano Ferrari, acompanhado de Marisa Zanatta, que assumiu a presidência da, vejam, FEIRA DO BEM ESTAR, uma feira abrangente que tem tudo para um sucesso público e comercialização. Com Marisa, (parentesco com Paulo Zanatta), revivi aspectos da minha convivência no Colégio Aparecida, onde cursei o segundo grau na Escola Modêlo, que se notabilizou em todo o país. Tive mestres como professores, por quem nutria profunda admiração, Paulo Zanatta, Ulisses de Gasperi, Emyr Farina estavam entre os principais. Os meus fundamentos de inglês, de disciplina, de austeridade, eu devo a Emyr Farina, quebram um galho danado. De Ulisses, que lecionava Economia, toda a santa semana ele vinha com a máxima: “necessidade gera necessidade”. E eu pensava, “vai saber do que se trata”, hoje compreendo perfeitamente. Há gente comprando carro e o Banco recolhendo, há gente indo para a Faculdade e trancando a matrícula, os índices de insolvência no País atingem 60% das famílias, e por ai vai. A necessidade de ter um carro implica na necessidade de ganhar o suficiente para pagar o Banco, pagar a oficina e pagar o combustível. “Necessidade gera necessidade”. Será que acertei na explicação? Paulo Zanatta, natural de Carlos Barbosa, era, e é, chique, educado, refinado, juntava discípulos ao redor dele. Tinha, e tem, uma casa moderna que era objeto de visitação turística, uma esposa estrangeira, culta e educada, vinda lá dos Andes, de postura e saber diferenciado. A casa está ali, logo acima do Colégio Medianeira, ao lado do Mundo Natural. Acesso a ela era difícil. Mas enchemos tanto o saco que um dia Paulo recebeu um grupo de alunos, entre quais estava este que vos escreve. Sentamos naquela sala, sofás confortáveis, nos sentimos reis. E fomos obsequiados com um agrado de “comes e bebes”.. Foi difícil para o Paulo nos “expulsar” dali. Saímos orgulhosos.

Derivei, eu estava falando das visitas. Saltou-me aos olhos a qualidade pessoal do Fabiano e da Marisa, devem estar fazendo muito bem a Carlos Barbosa. São mentes abertas com visão de futuro. Não deixaram de enfatizar a importância da Tramontina para Carlos Barbosa, na geração de empregos, e na qualificação educacional e profissional da juventude.

Quem esteve também aqui na empresa foi o Presidente do SINDILOJAS, Daniel Amadio, acompanhado do Diretor Executivo da Entidade, Valério Pompermayer. Quando Daniel assumiu o Sindilojas, me questionei “quem será este rapaz”? Pois o “guri” é uma das grandes expressões de lideranças jovens de Bento Gonçalves, boa cabeça, pró-ativo, visão comunitária, visão dos problemas do comércio, já está infiltrado lá pela Fecomércio, FeCdls, vai em frente. Cada vez que falo com um jovem dessa estirpe, penso em que se tem inúmeras confrarias por aqui, mas que deveríamos ter também uma confraria “Pense Bento”, reunindo esses jovens, promessas de liderança eficientes e competentes já concretizadas. Teríamos um Município bem melhor, com certeza. Falar de Valério, é chover no molhado. Centrado, rigoroso, sábio, é um esteio na condução dos interesses do Sindicato, exerceu vários cargos comunitários. Há quem não goste de pessoas assim, eu gosto, talvez me identifique com elas (o sábio fica por conta de vocês), liderança é um pouco disso tudo. Senhores pais, professores, adicionem, e muito, aos seus filhos, seus alunos, postura, boas maneiras, espírito comunitário, qualificação pessoal, produtos que vendem bem, que animam, que incentivam, que fazem crer, que ultrapassam barreiras, que tornam uma comunidade melhor e que conquistam empregos diferenciados. Sejam benvindos ao exercício da atividade comunitária, Fabianos, Marisas, Daniéis, Valérios.

Deu, acabou o espaço, na próxima semana vou falar sobre a visita do Prefeito de Pinto Bandeira, João Pizzio, que se fazia acompanhar do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Danio Nichetti e do Assessor de Imprensa Voltencir Fleck.