Os escassos recursos econômicos e as distâncias dos centros comerciais da grande parte dos imigrantes, obrigaram-se a suprir as necessidades da forma mais prática, dependendo dos recursos de cada
família.

Esta situação constituiu-se um desafio e surgiram artistas em todas as áreas. Até para atender as obrigações do culto haviam os chamados “santari” ou fabricantes de estátuas. Outros eram especialistas em casas, galpões, igrejas e capitéis surgiram dos mais diversos estilos, atendendo à criatividade de engenheiros e arquitetos formados na escola da
experiência.

A trança e os chapéus de palha – com a palha de trigo, bem selecionada, faz-se a trança para chapéus, excelentes na proteção do sol.

Os monjolos, pilões e moinhos evoluíram à medida que encontravam as necessidades. Inicialmente , usava-se o monjolo, constando do tronco de árvore, escavado no centro, onde colocavam os cereais para triturar . Para erva -mate e arroz, usava-se o pilão.

O monjolo desapareceu para ser substituído pelo moinho de roda, mó de pedra e sem correia, depois, pelo moinho de mó de pedra, roda e correias. Para imprimir rotação à roda do moinho canaliza-se a água mediante um condutor de madeira.
A roda é de madeira, com caixilhos para conter a água. Enchidos os caixili. os, o peso da água fará girar a roda com impulsos forte e fraco, pela presença da água nos caixilios. O funcionamento do moinho depende de uma engrenagem dentada que através de correias, faz girar as mós de pedra.

A mó de pedra recebe o milho ou o trigo na abertura centra. Rodando, arrasta os grãos que ficam pulverizados e, através de canaletas unidirecionais, a farinha é conduzida ao orifício de saída. As peneiras separam a farinha do farelo.
Os cereais (milho, trigo, arroz…) antes da moagem são ventilados para separara as poeiras, grãos inválidos e outros detritos. Para isto usa-se o ventilador manual ( em dialeto veneto “sventolon”)

Fonte: Antropologia da Imigração Italiana