Os preços da Cesta Básica apresentaram pequena alta, em sua maioria. Todavia, alguns produtos sofreram redução percentual significativa, equilibrando a conta. Os dados são referentes ao levantamento realizado pelo Procon em 10 supermercados de Bento Gonçalves. Segundo o índice que mede os preços semanalmente, Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também houve uma leve alta inflacionária, na última semana de março. Entre os principais causadores da inflação, estão os alimentos, que tiveram a maior alta, 0,47% em março contra 0,31% em fevereiro. Economistas listam alguns motivos, clima, economia; e se a tendência é continuar a subir.

A cesta básica, que teve queda em dezembro de 2016, teve resultado inverso em janeiro, registrando alta e mantendo-se com os preços iguais em fevereiro. Mesmo assim, alguns produtos sofreram reajuste no seu valor, como farinha, leite e ovos. Para o economista e professor Jací Tasca, o crescimento se deve à aproximação do inverno, onde começa a entressafra de várias culturas de hortaliças e verduras, com isso, seus preços tendem a subir, o que acaba por diminuir mais o poder aquisitivo dos trabalhadores, comenta. Segundo o economista, a cada aumento da cesta básica, o trabalhador vê seu orçamento cada vez mais apertado, necessitando abrir mão de quantidades ou produtos, para conseguir adquirir, pelo menos, os essenciais. Para não correr risco de comprar o mais caro, Tasca apresenta uma solução: “temos que procurar formas de minimizar os efeitos dos aumentos de preços. Uma boa saída é pesquisar e nunca comprar por impulso.”

Para o economista Imerio Corbelini, devem ser levados em conta alguns fatores para o aumento dos custos por parte das empresas que produzem, e também pelos supermercados que comercializam os alimentos. Os Aspectos são representados por: aluguéis, dissídio (aumento obrigatório dos salários), impostos, despesas de manutenção, combustíveis, energia elétrica e etc. Corbelini afirma ainda “as empresas já reduziram suas despesas no limite máximo, portanto qualquer aumento de despesa, por pequeno que seja, vai repercutir nos preços”. Apesar da alta, o economista não acredita que durante o ano, os preços continuem subindo. Para ele a tendência é estabilizar e talvez reduzir. Um aspecto que pode ajudar é a redução da taxa de juros. Para manter o equilíbrio do orçamento, Corbelini realizar pesquisa de preços também é importante. “Comprar o necessário para o dia ou para a semana aproveitando as promoções”, comenta o economista.

Segundo dados da FGV, por meio do IPC-S, a principal causa da elevação dos preços dos alimentos se deve às hortaliças e legumes, que tiveram uma inflação de 5,45% no último mês, ante uma deflação dos preços em 0,16%, em fevereiro.

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