A última live do presidente da República Jair Bolsonaro no Facebook, realizada na quinta-feira, 21, onde associou que pessoas vacinadas contra a covid-19 estariam desenvolvendo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) foi tirada do ar pela rede social. A publicação também não está mais disponível no Instagram.

Durante a tradicional transmissão ao vivo da semana, Bolsonaro utilizou uma publicação em que estaria registrada a suposta notícia. “Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (15 dias após a segunda dose) estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida  muito mais rápido que o previsto”, disse o presidente.

A declaração caiu como um bomba no meio científico e político, uma vez que não existe, até o momento, nenhuma relação entre a vacina e o desenvolvimento da doença. Em nota, o Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia repudiou as declarações de Bolsonaro, afirmando que a associação entre o imunizante e a transmissão do HIV é falsa e inexistente.

Essa é a primeira vez que o Facebook remove uma live de Jair Bolsonaro. Defensor do chamado tratamento precoce, com a utilização de medicamentos como a cloroquina e a ivermectina, ambos sem eficácia contra a covid-19, Bolsonaro reitera, em diversas transmissões pelas redes sociais, desinformações. Neste caso, a empresa Facebook disse que o motivo para a exclusão foram as políticas da empresa relacionadas à vacina da Covid-19. “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, afirma nota.

Foto: Reprodução / Jair Messias Bolsonaro no Facebook