Após dois arrombamentos em um intervalo de tempo inferior a 48 horas, a Associação Ativista Ecológica (AAECO) de Bento Gonçalves busca viabilizar a troca de lugar para uma nova sede. Além da sensação de insegurança, a entidade também procura um espaço mais amplo, por meio de parcerias com a iniciativa privada ou recursos disponibilizados por quem se interessar em ajudar. Os arrombamentos ocorreram entre a noite de segunda-feira, 9 de janeiro, e a manhã de terça-feira, 10.

Atualmente, a AAECO está sediada em uma sala anexa ao Estádio da Montanha, no bairro Cidade Alta. O espaço é cedido pela prefeitura de Bento Gonçalves. São três salas utilizadas pela instituição. Na principal, fica o escritório e, nas outras duas – entre elas a que foi arrombada – partes do Museu do Eletrônico.

De acordo com o secretário-geral da organização, Gilnei Rigotto, o auxílio da prefeitura em ceder o espaço é importante, mas a instituição precisa viabilizar um local maior e mais adequado. Segundo ele, existem projetos parados em função dessas limitações. Entre eles, está a coleta de óleo de cozinha. Por ano, a instituição recolhe cerca de 1,5 tonelada do material, mesmo sem divulgação. “Com um espaço maior, poderíamos dobrar esse número”, comenta.

A ONG possui, por meio de uma instituição, um recurso federal que deverá ser usado para a aquisição de um novo espaço. No entanto, a quantia não é suficiente para a compra de um local que se encaixe nas necessidades. Por isso, a busca via iniciativa privada é uma opção. De acordo com o secretário-geral, a instituição busca sensibilizar os empresários para conseguir um valor abaixo do praticado no mercado ou, ainda, que a diminuição representasse uma doação para a AAECO. “Se tivéssemos uma sala, dobraríamos as doações e as orientações ambientais. Estamos amarrados pelo pequeno espaço físico”, afirma.

Ainda segundo Rigotto, a sala precisaria estar um local central da cidade. Isso porque, muitas das ações viabilizadas pela AAECO, como as coletas de lixo eletrônico e óleo de cozinha, ocorrem por meio da ida das pessoas até a sede da instituição. “Como estamos bem colocados, as pessoas vêm até a gente”, destaca.

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