As dificuldades financeiras que passam os municípios brasileiros afetam diretamente a vida dos seus cidadãos que, ficam privados de uma prestação de serviços mais qualificada e eficiente. Os gestores públicos (ou parte deles) têm se desdobrado para fazer mágica com os recursos e repasses cada vez menores. Em Bento Gonçalves a situação não é diferente.

Apesar da crise financeira que assola as prefeituras em todo o país ter chegado somente agora aos cofres locais, não tem mais para onde correr. A Prefeitura de Bento Gonçalves está chegando ao seu limite, muito por conta da falta de repasses dos governos federal e estadual. É um efeito cascata que deve piorar ainda mais no ano que vem.

O investimento dos recursos, que deveria ocorrer na base, ou seja, no município, onde o cidadão vive e que tem ligação direta ao poder público, é cada vez mais escasso. É claro que existem municípios que as prefeituras estão inchadas, onde prefeitos acomodaram correligionários e pessoal de campanha como forma de barganhar apoio e pagar a “dívida” do apoio eleitoral. O que não pode ocorrer é o particular sobrepujar o interesse público, com empreguismos.

O ano que vem será de cortar na própria carne. Tanto o prefeito Guilherme Pasin, como os integrantes dos partidos aliados do governo, precisarão entender que os recursos estão escassos e será necessário uma redução drástica nos gastos. Mais do que isso, será importante um corte significativo no número de cargos de confiança. Afinal, um município com cofres raspados não precisa ter dois secretários (um deles adjunto) e mais um diretor em cada secretaria. Se o momento é de economizar, todas as esferas do poder público precisam dar o exemplo.