FALTAM 80 DIAS
No dia 16 de abril de 2013 as canceladas daquele absurdo britiano (neologismo que inventei agora) serão eliminadas. O pedágio “estrategicamente” colocado entre Farroupilha e Caxias do Sul, com a cobrança de uma tarifa sem similar no mundo (desafio a quem quiser que me prove haver algo semelhante em qualquer canto do universo) ACABARÁ, DE UMA VEZ POR TODAS. Há quase 15 anos ele existe e, desde o primeiro momento, foi alvo de ações judiciais. Aquelas cancelas não estavam previstas na legislação, mas, mesmo assim, receberam autorização do governo brito (minúsculas, por favor, revisão) para serem instaladas. As pendengas judiciais se estenderam por largo tempo. A concessionária quer cobrar “desequilíbrio econômico-financeiro”, mas pessoas ligadas a ela dizem que é a “mais rentável do polo”. Onde, pois, o “desequilíbrio”? E, vejam só, o prefeito de Farroupilha pavimentou um desvio que é muito utilizado, já que poucos são os que gostam de rasgar dinheiro ou têm o suficiente para pagar aquela fortuna de tarifa. O mais interessante, porém, é a razão de ter sido inventado esse pedágio. Ele nasceu de ideia surgida na Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul, então presidida pelo empresário Nelço Tesser, que tinha por objetivo um pedágio para angariar fundos para conclusão da Rota do Sol. Os “mui amigos” do governo de então gostaram e enfiaram aquele pedágio no polo caxiense e “esqueceram” a Rota do Sol.
FALTAM 80 DIAS II
Claro que tiveram o “cuidado” da praça não abranger o trecho entre Nova Milano e São Vendelino. As razões, óbvias, até o reino mineral sabia. Salta aos olhos, porém, a inacreditável campanha que está sendo feita por alguns setores (bem identificados) da imprensa na tentativa de colocar empecilhos, problemas, inviabilidades, etc, na gestão pública dos novos pedágios. A empresa criada para gerenciar o novo sistema de pedagiamento (sim, até os pombos da Rua Marechal Deodoro, alimentados por pessoas sem noção dos males que causam com isso, sabem que os pedágios são um mal necessário). Certamente não do jeitinho encontrado pelo então governador, que cercou as principais cidades e ignorou rodovias importantes, mas um sistema que abranja TODAS as rodovias e com a aplicação do lucro da arrecadação nas rodovias. Os atuais contratos não têm previsão de duplicações e a manutenção deixa muito a desejar. Até mesmo o serviço de guincho e ambulância não estava previstos até Olivio Dutra exigir. Alguns queriam o DAER gerenciando as praças. Mas, como, se o DAER sequer realiza a contento suas atuais atribuições? Cabe, sim, ao povo através de suas entidades representativas fiscalizarem e exigir do governo rodovias condizentes com os valores pagos como tarifa.
AS NOVAS PRAÇAS DE PEDÁGIOS
A maioria dos usuários não é contra pedágios. O que querem são rodovias em condições e tarifas justas. Não dá para pagar R$ 15,80 para ir e voltar de Nova Petrópolis e Gramado, rodando numa porcaria daquelas, piso irregular, sem nem 10 centímetros de acostamento, 34 placas regulatórias de velocidade, raríssimos pontos de ultrapassagem, quilômetros de pista dividida por tachões refletivos, enfim, uma verdadeira “m” pedagiada. Já a Praça de Portão, comunitária, criada por Alceu Collares com o objetivo de DUPLICAR o trecho de míseros 39 quilômetros entre Portão e São Vendelino, passados QUATRO governos (brito, Olívio, Rigotto e Yeda, dezesseis anos, portanto) e mais DOIS anos e 26 dias de Tarso, perfazendo mais de 18 ANOS, até hoje não foi concluída a duplicação. Aliás, sequer a sinalização horizontal e a manutenção atendem os requisitos. Responsabilidade do DAER? Obviamente as receitas do pedágio de Portão não estão sendo direcionadas ao objetivo. Devem estar entrando nos cofres dos sucessivos governos e uma merreca é aplicada a RS-122. Por que isso acontece?
ESTRATÉGIAS?
Muitas estatais foram se deteriorando ao longo do tempo graças à politicagem com que foram administradas. Políticos e “correligionários” sendo colocados em cargos de direção e/ou estratégicos não poderiam dar certo, claro. Mas, a impressão que dá é que fazem isso propositalmente. Com as estatais – E NO CASO DAS RODOVIAS – jogadas “às traças” fica mais fácil convencer a população de que “É MELHOR PRIVATIZAR”. Sucatearam a telefonia, a energia elétrica, as ferrovias, as rodovias, tudo, enfim, com que finalidade? PRIVATIZAR, obviamente. Os “amigos” ficaram felicíssimos. O livro do premiadíssimo jornalista Amaury Ribeiro Jr, “A PRIVATARIA TUCANA” (solenemente ignorada pela imprensa “amiga”) prova e comprova as negociatas e falcatruas todas. Faltam apurar, ainda, muitas coisas, inclusive os pedagiamentos da década de 90. Observem, agora, atentamente, a campanha que já foi desencadeada para desconstituir os prováveis pedagiamentos comunitários. Resta saber se haverá a “colaboração” do poder público. Alguém duvida?
ENERGIA ELÉTRICA E COMBUSTÍVEIS
Essa é de cabo de esquadra. A “imprensa amiga”, a serviço todos sabem de quem, decidiu detonar a redução das tarifas de energia elétrica e o preço dos combustíveis. Comecemos com os combustíveis. Alguém se lembra das “pauladas” que foram dadas nos preços deles durante o desgoverno da privataria? Se alguém esqueceu é só contatar que eu publico como andaram esses preços durante o período fhc. Pois bem, a “campanha” começou com a chamada “grande imprensa” a seus pit bulls articulistas. Estão insistindo a mais de quatro meses que “os combustíveis irão aumentar”. Insistem no “apagão de energia elétrica” quando, na verdade, há quedas pontuais e por motivos não esclarecidos (não me surpreenderiam se concluírem que isso é “orquestrado”, assim como muitas coisas da imprensa político-partidária, que abandonou a “informação” e partiu para a “opinião”); detonaram o governo quando houve a divulgação de redução das tarifas no ano passado. Quarta-feira a presidenta (a forma é correta, sim senhores) Dilma afirmou, em rede nacional, a redução das tarifas de energia elétrica, teve gente acometida por brotoejas e catapora. Até São Pedro foi invocado para “garantir que haveria apagão”. E a tal de “CRISE” por que passa a economia brasileira, amplamente comentada por “renomados economistas” a serviço todos sabem de quem? Que país é esse onde alguns torcem tanto pelo caos?
O SAMU DESATIVADO?
Tenho recebido inúmeros contatos nos últimos dias, todos questionando sobre a desativação do SERVIÇO MÓVEL DE URGÊNCIA – SAMU – operado pela Secretaria da Saúde de Bento Gonçalves, seja como militante da imprensa, seja como membro do Conselho de Saúde há 17 anos. Pois bem, vamos aos fatos. Tão logo assumiu como titular da SMS, o Secretário Miele, participando de uma reunião extraordinária da Secretaria Técnica do CMS, comentou que entendia ser por demais oneroso para a SMS a manutenção do SAMU e que iria fazer um amplo estudo sobre o assunto, comentando, também, que poderia ser feito o serviço pelos bombeiros, com o apoio da Secretaria. Isso foi repetido por ele em entrevista que fiz na TV Cidade ontem ao meio-dia. De tudo isso, o que tem de concreto, mesmo, é que tudo passa pelo Conselho Municipal da Saúde. Como o CMS representa a comunidade, através de seus conselheiros, certamente esses vinte membros ouvirão seus representados para tomar qualquer decisão nesse sentido, se for o caso. Aguardemos, portanto. O SAMU segue seu trabalho normalmente.
ÚLTIMAS
Primeira: O empresário bento-gonçalvense, José Carlos Stefenon, diretor da TECNOVIN/Gran Legado, foi convidado pelo governador Tarso Genro para fazer parte do chamado “Conselhão”, criado para assessorar o governo nos assuntos mais importantes;
Segunda: Stefenon, pela sua competência e larga experiência, certamente poderá contribuir muito com o governo. A primeira grande missão do Conselhão será o fim dos atuais pedágios e o funcionamento dos novos, pelo novo sistema;
Terceira: O Brasil foi, em 2012, o quarto país do mundo a receber investimentos do mundo, atrás apenas dos EUA, China e Hong Kong;
Quarta: Vejam que a “crise” brasileira é grande, mesmo. Nenhum país europeu recebeu tantos investimentos. Em 2010 foi o sétimo e em 2011 o quinto. Bota “crise” nisso!
Quinta: Ainda falando em “crise na economia brasileira”, ela está tão caótica que 22 bilhões de dólares foram gastos por brasileiros no exterior;
Sexta: Traduzindo, a “crise” deixou milhões de brasileiros sem reais e eles resolveram gastar DÓLARES no exterior;
Sétima: E essa “crise” enorme pode ser vista nas estradas. Filas enormes de caminhões nas rodovias. Provavelmente sem cargas, só para atrapalhar o trânsito… ahahahahahah… “eles” não são muito engraçados?
Oitava: O Esportivo, derrotado pelos juniores do Grêmio e criticado pelos “experts”, foi a Pelotas e aplicou 3 x 1 ao natural. Dá-lhe, Esportivo!!
Nona: E os titulares perderam um jogo incrível para a LDU, no Equador, pela Libertadores. Quarta-feira, na ARENA, a virada acontecerá. Grêmio é mais time e o Marcelo Moreno, certamente, não errará tanto;
Décima: O Juiz Federal Marcelo Krás Borges, que teve passagem de dez anos em Bento, exercendo suas funções exemplarmente, está sendo perseguido pela imprensa em Florianópolis;
Décima-primeira: Acontece que ele está fazendo com que as leis ambientais sejam cumpridas (o que não acontece normalmente por lá) e os “poderosos” de Floripa não gostam porque são gigolôs da natureza. Como “eles” pagam a imprensa…