Até bem pouco tempo atrás, o empresário Antônio Ermírio de Moraes levantara às cinco horas da manhã, tirava seus filhos da cama, apanhava seu Fusca (é, Fusca) e fazia alguns quilômetros para comandar um dos maiores complexos industriais do país (Grupo Votorantim). Depois que foi acometido de Alzheimer o empresário deixou o comando da empresa para os filhos (ficou como presidente de honra). Presidiu a Cruz Vermelha Brasileira e o complexo de saúde Sociedade Beneficência Portuguesa, de São Paulo. Não se negou inclusive de oferecer seus préstimos a Nação se candidatando a cargo político, contrariando orientação do pai. Um empresário exemplar que modelava sua riqueza e seu potencial humano para ação cultural (lançou inclusive livros e escreveu peças teatrais), social, além da geração de milhares de empregos. Era considerado empresário modelo no país, ajudou incontável número de pessoas e tinha a admiração de toda a sociedade brasileira. Antônio sempre lembrava as palavras ditas pelo pai: “o que a mão direita dá, a esquerda não precisa saber”. Vale o registro da importância de empresários assim na comunidade”.