Justiça determinou reintegração de posse do espaço da Aaeco para o Executivo e reforma deve ocorrer em até 40 dias

De acordo com informações da Prefeitura de Bento Gonçalves, a sala que funcionava a Associação Ativista Ecológica (Aaeco), onde eram recolhidos os resíduos eletrônicos e encaminhados para o descarte, deve ter a mesma finalidade após a reforma. Ou seja, se tornará um ponto de coleta de lixo eletrônico. Contudo, ainda não há informação se a Prefeitura, a Aaeco ou outra associação vai assumir a função.
A previsão é de que a reforma esteja pronta em até 40 dias e, após isso, deve ser definido o futuro do espaço. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Claudiomiro Dias, a Prefeitura deveria buscar a Aaeco para fazer uma parceria, na medida que o trabalho feito pela entidade auxiliava o Poder Público. “No momento o espaço não pode ser usado, mas vai voltar a ser um centro de recolhimento. Sou da opinião de que precisamos fazer uma parceria com a Aaeco”, aponta.
Como a Associação parou de receber os resíduos, a Prefeitura assumiu a função com a pasta do Meio Ambiente. Agora o recolhimento acontece na Osvaldo Aranha, 1075, fundos. “Tem bastante gente entregando, mas as pessoas também ficaram meio perdidas, sem saber onde descartar”, comenta Dias. Ele ainda afirma que não precisou contratar mais funcionários para fazer a função.

Aaeco na sala nova

Com auxílio do Ministério Público Federal (MPF), a Aaeco se mudou para uma sala na rua Livramento, quase na esquina com a Osvaldo Aranha, próximo ao depósito antigo. De acordo com secretário-geral da entidade, Gilnei Rigotto, a entidade não vai recolher lixo eletrônico por ali. “Primeiro porque tem um restaurante no lado, segundo porque a entrada e o acesso não são adequados e terceiro porque a secretaria quer abrir o recolhimento, então não tem porque ter outro local”, enumera.
Segundo Rigotto, a entidade está se mantendo com a ajuda do MPF e com recursos doados por amigos. “Não temos outra fonte de renda”, complementa. Ele aponta que pretende reorganizar as ações da entidade, buscar patrocínios e conseguir um local maior, onde possa ser colocado o depósito, o escritório e o museu do eletrônico.
Rigotto conta que buscou acesso aos recursos do Fundo do Meio Ambiente, contudo, ele considerou que a bucrocracia torna muito difícil para qualquer entidade acessar o dinheiro. “Nós estamos na berlinda, porque é difícil. Temos que ter um aporte financeiro todo mês para conseguir dar um passo maior”, prevê.
Na opinião do secretário-geral, o Poder Público tem feito o recolhimento dos eletrônicos corretamente, na medida que foi pessoalmente checar o ponto de coleta. “Hoje a sala está abandonada. Vou entregar a chave, porque o oficial de justiça ainda não solicitou”, aponta.