Médicos, dentistas, taxistas, professores, produtores culturais, psicólogos, comerciantes. A esperança de todos é que o próximo ano seja melhor

O ano de 2020 está chegando ao fim, após ter marcado a vida de todos como um período de superação e resiliência, quando todos precisaram se adaptar a novas formas de viver e conviver. O desejo de todos para 2021 é que essas superações sirvam como impulso para fazer com que o novo ano recupere aquilo que se perdeu e impulsione o que permaneceu.

A família Cagol, formada pela médica Angela Cagol e pelo dentista Renan Cagol, junto aos dois filhos, deseja boas coisas para a nova fase que está quase chegando. “Gostaríamos que as coisas voltassem ao seu normal, de poder sair nas ruas sem máscara, de abraçar nossos pais, de poder nos reunir com nossos amigos. Enfim, gostaríamos de voltar a fazer todas as coisas simples que antes podíamos fazer e que não valorizávamos. Coisas tão simples, mas tão significativas. Que 2021 possa nos devolver a convivência com nossos familiares e o contato com quem amamos”, destacam.

O taxista Giovani Costa de Oliveira também não teve um 2020 com resultados positivos. “Desejo que tudo isso passe logo, que o convívio com as pessoas que a gente gosta possa ser mais próximo novamente, porque a gente se afastou muito devido à pandemia. E que 2021 seja um ano de recuperação de todos, pois esse ano deixou todo mundo estável, ninguém foi para frente. Que possamos olhar com esperança, e que a vacina seja aprovada”, afirma.

Além disso, Oliveira deseja que haja recuperação financeira, após 12 meses de escassez. “Meu trabalho foi muito afetado este ano. Teve uma queda significativa, acho que mais de 50%, uma perda considerável. A esperança é que tudo volte ao normal, e que as pessoas possam sair de casa”, salienta.

O diretor e coreógrafo de dança Cristian Bernich torce para que tudo melhore. “Espero que seja um ano que as pessoas possam retomar seus projetos de vida, que, de certa forma, foram estagnados e que a pandemia passe de uma vez para que tudo volte”, pensa.

Por trabalhar no setor cultural, Bernich passou por momentos complexos. “A área da cultura é a única que ainda tem inúmeras restrições. Foi a que mais teve dificuldades, no sentido de ter continuidade de trabalho. Espero que para o ano que vem tenha mudanças dentro desse segmento, para os artistas poderem retomar, de fato, as atividades. Até porque muitas políticas públicas foram criadas, como a Lei Aldir Blanc para atender uma carência no sentido de trabalho e tentar dar algum subsídio financeiro para os artistas, mas a gente percebe que a nível mais estadual isso não foi possível”, pondera.

Apesar de todo auxílio prestado, algumas pessoas não puderam usufruir dos benefícios. “Muita gente não teve acesso a esses bens, então espero que o ano que vem tenha algumas mudanças que possam vir a melhorar o setor cultural para gerar renda, emprego para os trabalhadores do meio”, ressalta.

Por ter alterado a rotina de trabalho, Bernich se envolveu em projetos culturais e teve alguns aprovados dentro de leis de incentivo. “Ano que vem, com certeza vai ser com bastante trabalho na produção destes e, em virtude disso, acabei me inscrevendo em um mestrado. Espero que muita coisa mude”, conclui.

O que as pessoas podem esperar de 2021

Para a psicóloga e pró-reitora acadêmica do grupo Uniftec, Debora Frizzo, em 2020 diversos desafios mudaram o dia a dia de todos. “Fomos desafiados de várias formas a mudar nosso modo de viver, estudar, trabalhar. Essas mudanças, involuntárias, trouxeram sofrimentos, angústias, mas também aprendizados”, assegura.

Segundo Debora, é preciso focar a energia nos aprendizados e esforços para o ano novo. “Devemos refletir e fazer um balanço pessoal de tudo que aprendemos, o que vivenciamos e carregarmos para 2021. Esta reflexão deve ser marcada pelo otimismo e esperança, no sentido de que todos nós estamos mais aptos para lidar com os desafios que virão”, afirma.

A habilidade de se reinventar para adequar-se às mudanças foi grande para todos em 2020. “O ser humano tem uma capacidade muito grande de adaptação e de superação, maior do que imaginamos. E todos nós somos sujeitos a estarmos mais adaptados e fortes para o ano que inicia. Enfim, 2020 foi um ano no qual sofremos, mas aprendemos a sobreviver. Mudar é um aspecto saudável da vida, portanto, que sigamos mudando e aprendendo”, destaca.

A produtora cultura Cristina Rasera acredita que a expectativa de cada pessoa deve estar em si. “Espero que o amor direcione a vida das pessoas e que possamos estar juntos enfrentando todas as adversidades. Que seja leve e principalmente com compaixão”, acredita.

Para o gerente de uma loja de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis, Alex Gomes, a esperança da empresa onde trabalha é grande, apesar do próximo ano parecer incerto. “Apostamos em um mercado cada vez mais digitalizado, onde todos os canais estejam integrados como um verdadeiro ecossistema. Não há nada concreto ainda, mas estamos muito confiantes que a empresa irá ter um grande ano”, ressalta.