O corpo feminino sofre mais com o consumo de bebidas alcoólicas do que o masculino. A razão está exatamente nas diferenças biológicas existentes entre um e outro. Com o aumento do seu consumo, mulheres começaram a desenvolver problemas relacionados ao corpo, ao desempenho da sexualidade e às sensações emocionais.

Atualmente, as mulheres estão bebendo mais e com mais frequência. Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), 3,2% das mulheres brasileiras apresenta algum transtorno relacionado ao uso de álcool; o II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LEND) divulgou, em 2014, que mais de 39% delas são consumidoras regulares.

Para psicólogos, o fator está relacionado às conquistas sociais das mulheres. Com as melhores oportunidades no mercado de trabalho e com a melhor remuneração veio um efeito colateral, que é o aumento no consumo de substâncias psicotrópicas.

É fato que o consumo desmedido de álcool prejudica qualquer indivíduo. Entretanto, o corpo feminino, além de ter maior predisposição de desenvolver dependência químicase comparado aos dos homens por questões hormonais, ainda sofre mais danos. Isto porque existem diferenças biológicas, como menor quantidade de água e enzimas digestivas e menos massa corpórea, que atrapalham a absorção e o metabolismo do álcool ingerido. Ou seja, se uma mulher e um homem ingerirem a mesma quantidade de bebida alcoólica, ela ficará com o nível de álcool no sangue mais alto e demorará mais tempo para metabolizá-lo.

Além do risco de desenvolver o alcoolismo, o consumo frequente de bebida alcoólica também interfere em outros funcionamentos do corpo. A alimentação, por exemplo, tende a ficar menos saudável, a libido diminui e até o humor sofre com alterações drásticas.

Além de já ser altamente calórico, o consumo de bebidas alcoólicas estimula a ingestão de comida mais rica em gorduras e açúcares. Isto porque, além de atrapalhar a digestão e a absorção de determinados nutrientes, o organizamos precisa de mais energia do que o normal para a metabolização.

O consumo desmedido também pode prejudicar a vida sexual da mulher. Embora ele possa servir como estímulo de interações sociais e minimize a inibição, na cama, a substância pode atenuar a excitação fisiológica. Ou seja, o desejo pode aumentar, entretanto, a excitação fisiológica diminui. A lubrificação feminina, por exemplo, tende a ser muito menor após a ingestão alcóolica.

Os transtornos de humor e a ansiedade também podem ser potencializados pelo álcool. E, tendo a mulher mais predisposição a depressão, ela acaba sendo, mais uma vez, a mais prejudicada.

Embora seja em qualquer medida prejudicial, o consumo consciente e social é aceito por médicos e especialistas em saúde. Mas, é importante ficar sempre atento aos abusos e aos sinais que o corpo dá. Além de, é claro, estar consciente de suas consequências, como a diminuição dos reflexos e a sonolência.

Fonte: bolsademulher.com