Com palavra de ordem “Agricultor na rua, Governo a culpa é sua”, centenas de trabalhadores rurais de oito municípios da Região da Serra se reuniram em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de Bento Gonçalves na manhã de sexta-feira, 16, para protestar contra a PEC 287, proposta de Reforma da Previdência.

Estiveram presentes, além da presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Bento, com área de extensão em Monte Belo, Pinto Bandeira e Santa Tereza, Inês Fagherazzi, representantes de Sindicatos de Farroupilha, Garibaldi, Barão e Carlos Barbosa. No ato estiveram presentes mais de 300 agricultores que carregavam bandeiras da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) e pediam para que os políticos olhassem um pouco mais para os que tanto fazem por toda população.
Os representantes sindicais utilizaram o microfone com o carro de som instalado na rua José Mário Mônaco para amplificar o ato em repúdio à mudança de idade na aposentadoria que estipula a idade mínima de 65 anos para ambos os sexos, e tempo de contribuição de 49 anos para o cidadão receber aposentadoria integral. “Às vezes a gente ouve uma série de questões e de notícias sobre a previdência, de que ela está falida. Mas isso é uma grande mentira! A própria Receita Federal garantiu que há dinheiro sobrando, só que o pouco que eles recolhem está sendo desviado para outros lugares”, aponta Vilson Cichelero presidente do STR/ Carlos Barbosa.

Isaura Bolesina presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp/BG) também conversou com os agricultores que estiveram presentes na ação. “Eu tenho a mesma origem que vocês, também tenho uma família que tira o sustento da agricultura. Essa luta é para todos, inclusive para quem está hoje no serviço público. Estamos tentando alertar todas as pessoas que serão afetadas por essa possível mudança”, salientou Isaura.

Já Márcio Ferrari Presidente do STR/Farroupilha lembrou que é preciso que haja uma manifestação em todo País dos agricultores sobre a reforma que será feita na Previdência, pois, segundo ele, as crianças e os jovens sempre que tem oportunidade de deixar a roça e ir para a cidade procurar outro sustento fazem, pois não há valorização da categoria.

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