Os interessados em adotar um bichinho terão que passar por um questionário e avaliação da ONG Patas e Focinhos

Adotar é um ato de amor. É dedicar-se a outro ser vivo, dando-lhe afeto, cuidados e atenção. Adotar é ser amado. Sentimento retribuído e compartilhado por pessoas e animais. Mais do que ter um companheiro que te espera eufórico ao chegar em casa, que te pede carinho com miados ou latidos, que chama sua atenção quando você está triste, adotar é ser e ter um amigo (para todas as horas). Com este pensamento, a ONG Patas e Focinhos promove, 17, das 9h às 16h, no Recanto dos Animais, rua Júlio de Castilhos, 186, no Centro, a Feira de Adoção. No total, 15 gatos e 12 cachorros esperam por um novo lar.

São 12 cães e 15 gatos que aguaram por um novo lar na feira. Foto: Reprodução

Os interessados em adotar um novo amigo pet não sairão da Feira com o animal, apenas poderão conhecer, e terão que passar por critérios da ONG como: apresentar o CPF e ter um comprovante de residência – de casa própria. De acordo com a voluntária da ONG, Simone Lunelli, esse filtro se faz necessário para que não haja novos casos de animais abandonados. “A pessoa demonstrando vontade em adotar e preenchendo os requisitos, um voluntário vai até a residência do adotante para certificar que o ambiente é propício para um cachorro”, disse Simone. Com gatos não é necessária à visita.

Quem for adotar um filhote, deve se comprometer em castrar o animal. Cães e gatos adultos, ao serem recolhidos, são castrados pela entidade.

Simone também ressalta que a instituição monitora os animais adotados por um período de até um ano. “Acompanhamos as família para ver se eles (os animais) estão sendo bem tratados. Claro, há casos que na segunda visita se percebe que o animal está bem adaptado, sadio. Ai não precisamos mais voltar”, relata.
Sobre o critério de casa própria, a voluntária reforça que houve casos em que os animais foram devolvidos. “As pessoas adotaram e dias depois o dono do imóvel não permite mais cães. Isso gera um novo transtorno para o animal que se desvincula da nova família e para a entidade que tem que procurar um novo adotante”, destaca.

Atuação

A ONG Patas e Focinhos atua há cinco anos no município e conta com 23 voluntários, tendo como presidente Marly Andreolli. Segundo Simone, mais de 500 animais abandonados ou vítimas de maus tratos já foram recolhidos, tratados e hoje possuem uma nova família. A iniciativa não tem sede própria ou telefone para contato. As solicitações para quem adota ou quem encontrar um animal na rua devem ser encaminhadas pela página nas redes sociais: facebook.com/SOSPatasefocinhos.

Sem ter algum vínculo público ou com instituições privadas os custos de tratamentos e cuidados dos animais são custeados pela organização não governamental. A voluntária relata que “são confeccionados para venda canecas, camisas personalizadas e calendários. Além disso, uma vez ao mês- assim como acontece com a Feira- promovemos pedágios para angariar fundos”. Ela ainda complementa, “nem sempre arrecadamos o necessário. Há vezes que os voluntários têm que colocar do próprio bolso. Meses atrás tivemos um custo de mais de R$6 mil”.

Simone Lunelli ainda enfatiza: “abandonar animal é um ato cruel e crime previsto- Lei Federal 9605/1998”. Sobre adotar ou cuidar dos pets ela conta: “Tá no meu sangue, na minha veia isso. Eu costumo falar que as minhas prioridades são família, pessoas, crianças e animais. Há carências muito grandes nessa área. Eu amo os animais. Quero ajudá-los. As pessoas ajudam muito pouco. Elas não tem noção do quanto é gratificante fazer algo em prol de uma causa maior”.