A vida de um país, como das pessoas, é feita invariavelmente por momentos. E os momentos são feitos por escolhas anteriores como também por questões não tão explicáveis como sorte, destino e inclusive por obra de outros países ou de outras pessoas.

Sua vida é assim. O que passou é história. O futuro ainda não chegou. Você vive o agora, o momento presente. Quem olha muito para trás, pode perder o bonde da história. Quem olha muito para frente, pode ser um sonhador. O que vivemos é o presente, este momento.

Um país também é feito de momentos.

Momento da descoberta: 1500 a 1800. O Brasil-colônia. Momento em que os países da Europa, principalmente Portugal, ocupavam-se de angariar as riquezas do país e as levarem para a sede. Poder externo.

Imperialismo: 1800-1888. Com a chegada da família imperial, um momento do nascimento do Brasil como país. Independência em 1822. Revolução Farroupilha 1835-45. Empresas pioneiras começam a surgir. Abolição da escravatura. Base para a proclamação da República. O Poder era do imperador brasileiro e dos “amigos”.

República 1: 1889-1960. Primeiros anos da República. Primeiros presidentes. Formação de uma cultura empresarial mais concreta. Eleições limitadas e indiretas. CLT. Guerras mundiais. O poder continua centralizado.

República 2: 1960-1986. Governos militares. Repressão, censura. Arena e MDB. Crise do petróleo. Inflação desenfreada. Sem voto direto para Presidente. Início das diretas já na década de 80. Poder nacional centralizado.

Democracia? 1986-2015. Um plano econômico atrás do outro. Transição para o plano Real. Abertura política. Grande número de partidos. Voto direto para presidente em 1989. Fernando Collor e o Impeachment. Inflação controlada. Confisco da poupança. 20 anos de alternância PSDB e PT. Alianças políticas. Ninguém se entende. Enorme crescimento do gasto público. Corrupção. Relativo crescimento do país, fortalecimento de algumas instituições. Transição PSDB para PT.

O PT foi se fortalecendo até assumir a Presidência em 2003. Depois de tanta luta, o partido conseguiu seu grande objetivo. Merecia. E o povo brasileiro também merecia conhecer como funcionariam suas ideias pois ser oposição sempre foi muito fácil, em qualquer país do mundo. Ser vidraça e governar é muito mais complicado.

Neste domingo teremos mais uma amostra, talvez, da força das ruas. Já escrevi aqui que só há 3 formas de ocorrer, atualmente, um impeachment. A) Perda de apoio político; B) A força das ruas e C) se a Globo quiser. Obviamente sempre mantendo a Constituição. O primeiro está se apresentando mais forte hoje do que há algum tempo atrás. A lava-jato é um dos motivos como também o Presidente da Câmara, do PMDB, além de uma total perda de força do governo em todo o Congresso. O segundo, a força das ruas deu sinal forte em março passado. Vamos ver amanhã. O terceiro ainda não apareceu. Já escrevi também que sou favorável ao Parlamentarismo. Outra coisa: quanta corrupção!!!

Portanto, a travessia do mar vermelho é a analogia que faço para o momento econômico atual onde todo o povo brasileiro está querendo ir em direção à terra prometida mas, no meio do caminho, tem um mar enorme. Será que teremos o Moisés para “abrir” o mar? Ou teremos que atravessá-lo a nado? Sou mais da segunda opção. Se você não souber nadar, aprenda logo.

Pense nisso e sucesso.