Clacir Rasador

Até onde podemos ser influenciados ao ponto de que a razão seja domesticada pela crença em “mitos”, “super-heróis” e “salvadores da pátria”, chegando a colocar em risco a própria existência e a saúde dos seus?

Espero que tal pergunta não venha desmerecer a continuidade de vossa leitura, pois, acredite, embora possa parecer, não se trata de uma pergunta politizada, ao contrário, o objetivo é levar você, leitor, a respondê-la sem qualquer ideologia partidária. Para tanto, sugiro um exercício mental: tente abstrair a política desse contexto.

Infelizmente, tenho notado que a resposta à pergunta acima, mesmo que soe negativa, no sentido de jamais se deixar influenciar, tem encontrado em muitas pessoas “o fazer” diferente do dizer.

Aliás, a influenza, desculpe, a influência dos pseudomitos, super-heróis, paladinos da justiça e da ética, tal qual um vírus – historicamente não é de hoje – tem um elevado poder de contaminação e o que poderia se entender como um anticorpo intelectual… Esqueça, pessoas “estudadas” também estão na lista, quando não são aquelas que mais espalham a “virose”.

Se você chegou até aqui, tenho quase certeza de sua resposta à sugestiva pergunta no início, porém, adentrando agora na política atual, não há como desmistificar a negativa de muitas pessoas em não quererem se vacinar contra a Covid-19 senão pelo fato de que estão mais à direita ou mais à esquerda do almejado poder da República.

O que as mesmas têm em comum é o fato de que, sem se vacinar, estão mais próximas do fundo e, após, do alto… opa, daí faz parte de outro julgamento, supremo sim, mas, acima de tudo, DIVINO, logo, de nada adianta recorrer ao STF.

A propósito, entendo que nosso presidente poderia literalmente capitanear essa estória de mito para uma ação não militar mas igualmente dinâmica, uma vez que, para quem levou covardemente e inocentemente uma facada – particularmente, acho uma loucura acreditar na autoria de um único “louco” –, não lhe faltaria coragem para levar uma vacina contra a Covid-19 e, assim, salvar a vida de muitos inocentes da crença cega de utilizar-se somente daquilo que, infelizmente, não salva ou, pelo menos, não contribui para tanto ou, ainda, não foi efetivamente comprovado; assunto este que relego para a ciência e suas descobertas.

Oportunamente, nesta próxima sexta-feira, já circula pela mídia nacional a visita que o presidente de nosso país, Vossa Excelência Sr. Jair Messias Bolsonaro, fará à nossa cidade e, pelo que notei, não há qualquer inauguração de obra…

Que tal, presidente, com todo respeito, inaugurar a vacina no seu braço? É verdade, estaria se desfazendo do louvável argumento de ceder a sua vez a UMA outra pessoa, porém, pelo próprio exemplo, ao se vacinar, haveria a MULTIPLICAÇÃO do SIM à VACINA; tenhas certeza presidente, representaria uma grande obra solidária e nada abstrata para MUITAS vidas, pois fortaleceria vosso mister presidencial – promover o bem geral do povo brasileiro –, aliado ao fato de brindar – com o melhor vinho –, nos presenteando com tal registro na história da nossa Bento Gonçalves e, em especial, na VALORIZAÇÃO da VIDA, a qual, na sua essência, não margeia nem a esquerda, nem a direita, mas é o CENTRO de TUDO!

Vamos em frente! Saúde!