Bons tempos aqueles em que se lia, ouvia ou via noticiários isentos, apartidários, que traduziam a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade. Os meios de comunicação primavam pelo “melhor informar”, com rapidez e procurando dar “furos de reportagem” para vencer seus concorrentes por esses requisitos: rapidez, isenção e expressar a verdade, traduzir os fatos como eles eram. Os tempos foram mudando. Veio o golpe militar de 1964, que introduziu um regime de exceção no Brasil. Quem pensava diferente dos donos do poder eram perseguidos, cassados se fossem políticos, torturados, etc. E toda a imprensa era censurada. O meio de comunicação que ousasse comentar algo contra eles pagavam um alto preço.

Mas, veio, finalmente, a tal de “abertura democrática” (que foi confundida por muitos como “abertura anárquica”) e a imprensa soltou suas asas. Entretanto, com o decorrer do tempo e com a nova Constituição, feita nas coxas logo após Sarney assumir ilegalmente o poder, eis que aquela mesma imprensa que apoiou e deu respaldo à ditadura, esqueceu os pilares da informação: isenção e verdade. Passaram a “adotar”, sub-repticiamente, partidos. E a coisa foi tomando proporções inacreditáveis. Hoje, com a maior cara-de-pau, meios de comunicação não hesitam em distorcer, de omitir, de “adequar” os fatos, as informações de acordo com os “interésses” de seus padrinhos, aliados ou que lhes pagam, tudo em detrimento da verdade, dos interesses da população. E, pior ainda, eles possuem espaços “do leitor”, “do ouvinte”, mas só publicam o que vai ao encontro das matérias e opiniões que divulgam. São seletivos até nisso. Agora, que vivemos época eleitoral, as distorções são ainda maiores. O partidarismo que tomou conta de setores bem identificados da chamada “grande imprensa” beira o ridículo, a insanidade, o desrespeito àqueles que leem, ouvem ou veem seus noticiários e/ou pit bulls amestrados que emitem “opiniões pessoais” (nem tão “pessoais” assim, já que remunerados para dizer o que seus “donos” mandam). Quem quiser saber do que acontece no Brasil precisa ler, ouvir ou ver noticiários da imprensa do exterior ou, mesmo, vindas de pessoas isentas e honestas nas redes sociais. Mesmo assim, corre o risco de ser enganado. Se conviver com esse tipo de imprensa é “democracia”, prefiro os tempos da ditadura onde, pelo menos, não se sabia da verdade, mas mentiras ou enganações político-partidárias não transitavam livremente. Pessoas, autoridades e entidades eram respeitadas. Porém, não há como fugir desse partidarismo de “interésses”. Resta estar consciente disso e filtrar adequadamente as “informações” da imprensa e do que se lê, postado por “lobos remunerados” ou repassados por “inocentes úteis”. Conferir tudo, literalmente tudo, é o que devem fazer aqueles que se interessam pela VERDADE. Simples assim!