Oportunizar a comunidade de Bento Gonçalves a ter mais contato e conhecimento sobre a história, beleza e significado da arte ao longo do tempo. Com esse objetivo foi criado o projeto “História Social da Arte: conceitos, práticas, visualidades”, que terá seu início na quinta-feira, 11.
Idealizado e organizado pela professora e doutora Cristine Tedesco, com formação em História pela UFRGS e Università Ca’ Foscari de Veneza, o curso terá 50 horas/aulas, sendo metade delas de forma conceitual, no SESC-BG e outra metade, que serão práticas, na Casa do Artesão e Artista Plástico-BG.
Patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves, o projeto, que teve custo total de R$16 mil e disponibilizou ao todo 40 vagas, será totalmente gratuito aos alunos, incluindo o pagamento dos nove profissionais envolvidos e do material que será utilizado nas aulas. “Eu divulguei o curso e em menos de 24 horas já tinha lotado. Fiquei bem satisfeita com a procura. Vai ser um ambiente bem legal para trocas, para que as pessoas falem sobre arte, sobre o que ela significa, sobre todo esse universo que nos cerca e como podemos aprender e melhorar como seres humanos, porque a arte tem essa função, de sensibilizar para aquilo que acontece com o outro”, acredita Cristine.
Com as vagas já preenchidas, Cristine se diz estar surpresa ao descobrir que há em Bento, um grande público interessado no assunto. “Com isso, percebi que posso me inserir nesse espaço do nosso município. Todos que se inscreveram tiveram que preencher um formulário justificando o interesse em fazer parte”, conta.
De acordo com Cristine, a ideia surgiu no final de 2017 e os meses seguintes, foram de muito trabalho para que o projeto pudesse sair do papel e virar realidade. “Eu sentia que tinha responsabilidade ética de passar adiante o meu conhecimento, já que a historia da arte e a arte em si mudou minha vida, ampliou meu horizonte, fez com que eu apurasse meu olhar para certas coisas que acontecem na sociedade em geral, então a minha questão é educar o olhar”, relata.
Questionada sobre a possibilidade de o curso ter continuidade nos próximos anos, Cristine afirma que dependeria da criação de novos projetos e da aprovação do Conselho Municipal de Cultura. “Se depender de mim, com certeza. A cidade tem produção cultural muito importante na música, teatro, cultura, artesanato e eu posso contribuir com isso, no sentido de fazer as pessoas refletirem sobre o próprio trabalho delas, o que significou no passado e para que serve tudo isso”, finaliza.