“”Você é capaz. O mercado só precisa saber disso”. Essa é frase que estampa o cartaz do Dia D, campanha promovida pelo Sine de Bento Gonçalves, durante toda a sexta-feira, 23, para incluir social e profissionalmente pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Confirmada pelo Coordenador do órgão, Alexandre Maso, a situação de desemprego está realmente assustadora em 2016. “Se está difícil para a maioria da população, imaginem para quem tem algum tipo de deficiência. Estamos realmente preocupados esse ano, pois só em agosto encaminhamos 708 seguros desempregos e, sabemos, que não estão previstas mudanças para logo, somente da metade do ano que vem para o final”, comenta Maso.
E é justamente com o intuito de proporcionar novas oportunidades para a população bento-gonçalvense que são promovidos dias especiais para que as pessoas consigam encontrar um trabalho. O Dia D, que inclui pessoas com deficiência no mercado de trabalho, levou muitos interessados até a sede do Sine. Entrevista com gestores de grandes redes que estão instaladas no município alegrou quem conseguiu garantir uma senha. Uma delas é a jovem Luana Mion, de 25 anos, que participa pela segunda vez da ação.
“Em 2015 vim até aqui e fui chamada para trabalhar na Salton, fiquei lá por 11 meses. Soube que nesse ano seria na sexta-feira quando vim encaminhar meu seguro desemprego e, como não quero ficar parada, já aproveitei para garantir uma entrevista e, quem sabe, um novo emprego”, salienta.
Além da Luana, o Lucas Petkowicz, de 20 anos, também foi em busca de um novo sonho. Apesar de algumas dificuldades, ele garante que o emprego é a melhor forma de inclusão de pessoas com deficiência dentro da sociedade.
“Estou precisando ajudar meus pais financeiramente. Eu já trabalhei como auxliar de cozinha e como auxiliar de escritório, mas infelizmente agora estou há três anos parado e esse dia especial, com certeza, vai me trazer bons frutos”, acrescenta o jovem.
Cleusa Gonçalves, de 46 anos, que sofre de tendinite crônica salienta da dificuldade de encontrar um serviço. “As empresas quase nunca querem alguém doente. Estou parada há dois anos e desenvolvi esse problema no meu antigo trabalho. Aqui pretendo conseguir uma oportunidade”, finaliza.
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