A liberdade dada aos jovens nos dias de hoje é algo incomum há tempos atrás. A falta de respeito com os pais é pública e notória. Expressões como: Sim, senhor! Posso fazer tal coisa… e O senhor deixa eu ir… não existem mais.

A coisa começa quando os filhos são ainda bebês, período em que os pais deixam a criança dar tapas em seu rosto. Depois, começam os xingamentos e a fase em que nada do que é dito é obedecido. E assim a coisa vai. Seria isso o que chamamos de criar o filho solto?

Nos dias de hoje, é inadmissível um pai dar uma palmada sequer no bumbum do filho. Isso é chamado de espancamento. Porém, os mais antigos lembram o quanto esta atitude fazia bem na hora de educar. Não como forma de violência, mas sim como repreensão.

Infelizmente, este tempo já passou e não volta mais. Estamos vendo jovens mais independentes em suas atitudes. E o pior, cada vez mais cedo. Piás de 12, 13 anos andam nas ruas de madrugada, chegam em casa altas horas da manhã. Muitos trocam o dia pela noite, não ajudam em casa e, são um fracasso nos estudos. Pois são estes aí que irão devolver, quando adultos, com juros e correção monetária a educação que faltou quando pequenos.

Em Bento Gonçalves, registramos a segunda ocorrência da violência de um neto contra seus avós. Na primeira, o avô foi morto a sangue frio, num plano arquitetado pelo neto. No seguinte, o neto espancou a avó por vários anos, até mandá-la para o hospital com vários tipos de lesões e fraturas. Imaginem quantos casos mais não acontecem por aí e que não chegam ao conhecimento da imprensa? O que faz um jovem agredir de forma tão violenta um ente querido e tão próximo?

O mundo das drogas tem feito os jovens esquecerem todos os valores pregados em família. Pai, mãe e avó viraram inimigos desta juventude perdida, que acha que pode fazer o que bem entende. Que não mede as consequências de seus atos, inclusive quando comete um homicídio.
A falta de limites faz com que estas coisas aconteçam. Os pais viram reféns dos filhos e acabam se perdendo na educação dos mesmos. Claro que o saber educar não passa apenas pela palmada. Mas sim, fazer entender o que é o certo e o errado.

Onde vamos parar com tanta violência e falta de bom senso e respeito? Estamos caminhando a passos largos para computarmos mais casos como este da dona Maria de Gasperin, que hoje está cheia de dores, internada no Hospital Tacchini.