O fenômeno climático El Niño deve seguir ainda nos próximos dois meses, segundo informações da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), agência do governo dos Estados Unidos. A expectativa é de que a intensidade dos efeitos climáticos causados deva ser reduzida a partir de março, estendendo-se até maio, quando há probabilidade estimada de neutralidade do fenômeno.
No entanto, a previsão é de que ocorra o retorno do fenômeno La Niña entre o inverno e a primavera. O fenômeno La Niña atou entre 2020 e 2023, influenciando o clima ao redor do mundo. Trouxe, por exemplo, temporadas de furacões muito acima da média no Atlântico Norte e volumes recordes de chuva no Leste da Austrália. Na América do Sul, a La Niña provocou enchentes na Amazônia e sucessivos verões com estiagem e poderosas ondas de calor entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil com perdas enormes na agricultura e uma crise hídrica que, no caso do Uruguai, foi histórica.
De acordo com os meteorologistas, Enquanto o El Niño é calor, o La Niña é frio. Ou seja, há previsão de diminuição das chuvas na Região Sul e aumento na Norte do país. A perspectiva é que, em setembro, já se tenha o La Niña, de acordo com a previsão da agência meteorológica dos Estados Unidos.