Marciano Dal Pizzol está à frente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de Bento Gonçalves desde o mês de maio. Natural de Veranópolis, bacharel em Direito, mora no município desde pequeno e comenta a trajetória até se tornar gestor da unidade. Dal Pizzol também fala sobre as dificuldades, anseios e a realidade na questão de saneamento básico em Bento, bem como as projeções o segundo semestre de 2016.
Assim como questões de saneamento básico são discutidas pelo país, em Bento Gonçalves não é diferente. Toda a arrecadação da Corsan é revertida em melhorias para a população, garante o gestor, e uma das que estão sendo estudadas é a implantação da estação de tratamento de esgoto no Barracão, que é essencial para a população. “Temos a estação de tratamento de esgoto que está sendo novamente licitada no Barracão, pelo motivo de que a antiga empresa não conseguiu dar conta do serviço e acabou desistindo. Agora temos uma nova licitação na praça para contratarmos outra empresa para dar continuidade à obra. A Corsan teve que fazer uma nova licitação para que esta estação de tratamento fosse montada”, ressalta.
Segundo ele, o esgoto hoje em Bento, assim como no país, é uma questão de saúde pública básica. “Desde a lei do saneamento básico em 2007, todos os contratos de empresas que são feitos, sejam eles de empresa privada, poder municipal, ou com o poder público estadual, que é o caso da Corsan, em todos eles essa questão é destacada como principal e primordial para a população”, pontua.
O maior desafio, de acordo com Dal Pizzol, é conseguir implementar um sistema de tratamento de esgoto que possa tratar 100% do que se produz. A questão já está em tratativa há alguns anos e até 2020, pela missão da Corsan, uma das três estações projetadas no município deve estar em funcionamento. “Obviamente não estou falando que o projeto global seja uma questão a curto prazo, é algo para daqui a 15 anos, mas colocando nosso projeto, a primeira das três que se tem projeto, e a ideia é que até 2020 isso aconteça e que se consiga tratar de 30 a 40% de esgoto aqui da cidade. Estamos fazendo implantações de rede de esgoto no Santa Helena, Fátima e Santa Marta. São obras demoradas, de fato, e nosso grande desafio é colocar esta estação para funcionar. Isso vai acontecer, já está sendo licitado, as obras de implementação de rede coletora de esgoto já estão sendo feitas nesta parte sul da cidade e assim que a licitação de fato sair do papel, na realidade ela já saiu, só necessita de aprovação, é muito provável que se retome as obras imediatamente após a empresa ser qualificada”, salienta. A obra também faz parte de uma revitalização do manancial de captação no Barracão, aumentando, assim, a qualidade da água captada a ponto de reduzir os custos com o tratamento dessa, sendo possível reinvestir a diferença em outras melhorias no saneamento da cidade.
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