Para chegar ou sair de casa, famílias que residem na comunidade Santa Lúcia, localizada no Vale dos Vinhedos, interior de Bento Gonçalves, são obrigadas a passar por uma ponte de madeira. Entretanto, os moradores estão reivindicando por melhorias nesse acesso, que está gerando transtornos para quem circula pelo local.
O autônomo, Valdecir Luiz Henicka, 37 anos, geralmente precisa passar com um reboque carregado, mas tem receio do que pode acontecer quando transita com muito peso. “A ponte está precária. Não tem como ficar”, afirma.
Embora resida há pouco tempo no local, Henicka já presenciou situações perigosas devido ao estado do acesso. “Esses dias um motorista estava passando aqui, então ele estacionou na ponte e foi descer para ver se estava boa, mas quando pisou na tábua, ela afundou e ele ficou pendurado na porta”, relata.
Além disso, o autônomo conta que um dos moradores do local está passando por transtornos, já que ninguém quer passar em cima da ponte. “O vizinho não consegue receber material para uma construção, porque nenhuma madeireira quer entregar material aqui, dizem que a ponte está precária e não tem como passar”, aponta.
Para tentar amenizar o problema, o próprio morador tentou resolver o problema, mas acabou se machucando. “Com o peso de quem passa em cima, as madeiras vão baixando ainda mais, então eu estava tentando arrumar, mas quando coloquei o segundo pilar, o primeiro caiu e me arremessou para dentro do arroio. A vizinha escutou meus gritos e chamou os bombeiros e Samu para me socorrer”, queixa-se.
Henicka pede que as autoridades locais deem uma atenção para a ponte. “Queremos providencias o quanto antes, porque é tão simples, a base dela já está feita, é só colocar os tubos e o concreto em cima”, finaliza.
A agricultora, Catarina Maria Anghebem, 65 anos, é moradora antiga do local. De acordo com ela, faz anos que a comunidade pede melhorias no acesso. “Faz mais de quatro anos que estamos pedindo essa ponte para a prefeitura. Vamos esperar que seja feita, senão, depois, acontece o pior”, desabafa.
A professoraPatrícia Johnsom, 58 anos, tem o mesmo desejo que os demais vizinhos. Entretanto, como a ponte é o único acesso para chegar e sair de casa, ela teme ficar ilhada, caso a obra demore muitos dias. “Tem que ser feita uma nova. Tem gente que tem medo de parar ali. Falaram que se for de concreto, vai demorar 15 dias para ficar pronta, mas não posso ficar presa aqui, sem passagem. Tem que ter uma alternativa provisória”, alerta.
O que diz a prefeitura
A reportagem questionou se a prefeitura já verificou as condições da ponte e se tem algum projeto de construção de uma nova. Em resposta, o secretário de Desenvolvimento da Agricultura, Volnei Christófoli, disse que a pasta, em conjunto com a subprefeitura do Vale dos Vinhedos, já verificou o local e fará a reforma do acesso. “Visando dar segurança para quem trafega no local. Isso deve ser realizado nas próximas semanas”, afirma.