Um problema constante, preocupante e de solução laboriosa voltou à pauta durante uma audiência pública realizada pela Frente Parlamentar da Educação Infantil na quarta-feira, 28. A falta de vagas em creches municipais, que atinge números preocupantes em 2015 sem perspectivas significantes de melhora para 2016, motivou dezenas de pessoas a comparecerem ao Legislativo na ocasião para apontar falhas e propor solu- ções que possam findar o déficit de 545 vagas na cidade.
Em seu pronunciamento de abertura, a secretária de Educação, Iraci Luchese Vasques, foi dinâmica ao expor a realidade do município quanto aos recursos disponíveis e alternativas adotadas até o momento. “Apesar de conseguirmos atender 76% da demanda da educação infantil da cidade e sermos o municí- pio com maior percentual se comparado às outras cidades pertencentes à Amesne continuamos preocupados. O gasto com cada aluno previsto para 2015 é maior que o contabilizado em 2014 e gostaríamos de comprar muitas outras vagas em escolas particulares, além das 400 adquiridas este ano, porém, o custo tem se mostrado insustentável”, revela. Segundo Iraci, o Governo Municipal desembolsa R$ 380 a cada vaga reservada na rede particular.
A preocupação é compartilhada pelo promotor da Infância e Juventude, Elcio Meneses que expõe que para se chegar a um consenso sobre o assunto, o debate precisaria envolver todos os segmentos da sociedade. No decorrer do debate, o representante do Ministério Público explanou sobre denúncias de favorecimento de vagas e cobrou, como solução parcial para o problema, a participação e contribuição de empresas e escolas na criação de um fundo destinado à educação infantil. A possibilidade de que a conta receba aporte de outras fontes de recurso também será estudada. A intenção é de que o valor seja usado para ampliar a compra de vagas nas escolas particulares. “O principal entrave atualmente não é o atendimento nas redes, mas sim de que forma podemos estendê-lo. Muitas das empresas questionadas por mim responderam que não pagavam o auxílio-creche porque não foi solicitado o benefício pelo empregado. Precisamos ver onde a postura pública e do pedinte precisa mudar”, afirma.
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