Gregos e romanos possuíam divindades para tudo. Cultuavam o deus dos céus, dos mares, do amor, da guerra, da beleza, da fertilidade, do fogo, da música, do sono… E assim por diante. Apesar da distância entre as civilizações, alguns deuses ainda são celebrados nos dias de hoje, especialmente Baco (ou Dionísio), que encontrou terreno fértil para espalhar a arte da viticultura aqui na Serra Gaúcha.

Dos mais bizarros registrados pela História, Perfidus e Flatus ganharam a parada. O primeiro sendo protetor dos puns silenciosos e mal cheirosos, e o segundo, dos puns ruidosos e inodoros.

“Putz”, dirão alguns, “que tema constrangedor”. E é mesmo. Mas essa reação orgânica natural que se forma dentro dos dutos por onde passa e fermenta nossa gula, serve para nos manter mais humildes. O Superarquiteto arquitetou a coisa toda com sabedoria e muito humor. Deve estar sorrindo até hoje diante dos gases nossos de cada dia que precisamos eliminar. Os homens têm certa liberdade para isso,  já as mulheres, como se não bastasse o maremoto hormonal da TPM, são obrigadas a estocar vento, a não ser que estejam em solitária intimidade. Esse tipo de exercício é um atentado ao bem-estar feminino e pode gerar distensão abdominal.

Mas as transmissões ao vivo – as famosas lives (que agora disputam o artigo no masculino) – escancarou a fragilidade humana. Gente sofisticada e até togados passaram por situações embaraçosas, que viralizaram nas redes sociais. Teve um procurador que, durante uma sessão virtual, esqueceu o microfone ligado e relaxou a musculatura dos países baixos, deixando escapar um traque solitário. Após a gafe, a autoridade pediu desculpas “pela deselegância em tornar seu pum público”.

Nos Estados Unidos, uma apresentadora também caiu na rede por causa do barulhinho típico captado pelos ouvidos atentos dos telespectadores, enquanto ela dava uma notícia em tempo real. O lance se espalhou mais rápido que a Covid, com direito a xingamentos, levantes, indignação, coisa e tal.

Antes da pandemia, teve um episódio engraçado durante uma entrevista no Jornal Nacional. Bonner fazia a pergunta quando um nada discreto pum vindo da direção do convidado, o interrompeu. Em dois dias, o You Tube registrou dois milhões de visualizações daquele vídeo. 

É! Não dá pra vacilar. Como ponderou um internauta identificado como Eduardo Dudu, “Às vezes você chora, e ninguém vê as suas lágrimas… Às vezes você se entristece, e ninguém percebe o seu abatimento… Às vezes você sorri, e ninguém repara na beleza do seu sorriso… Agora, peida pra ver!”