Em homenagem ao Dia das Mulheres escrevo um artigo que propõe reflexão a todas as pessoas: o resgate de nossa feminilidade – tão pouco estimulada pelos modelos dos dias de hoje.
Há algum tempo, a mulher era só mulher e ponto. Hoje (ainda bem) a mulher é empreendedora, decide, compra, briga por seus direitos, cuida da família, do seu trabalho, dá valor às suas conquistas e ao seu dinheiro. E como já se sabe, elas estão conquistando os mais altos salários e cargos, tornando-se consumidores importantes de produtos e serviços.
Não posso deixar de mencionar um dado importante que li há poucos dias: uma mulher insatisfeita conta para cerca de 300 pessoas, enquanto um homem insatisfeito conta para 10. E nada de chamar a mulher de fofoqueira. Ao contrário: cuidado redobrado por não deixar essas consumidoras insatisfeitas, pois até mesmo quando não são consumidoras finais, são elas que decidem a compra, além de serem fortes formadoras de opinião.
Noto em meu convívio e entre minhas amigas e clientes, as dificuldades diárias que enfrentam, com o intuito de abraçar todas as tarefas que lhe são impostas.
Quando era criança fui educada para ter minha independência econômica. Minha falecida mãe, por inúmeras vezes me dizia: ‘A mulher só consegue ser feliz se financeiramente não depender de seu marido”. É claro que na visão de 30 anos atrás minha mãe se referia às compras de nossos pertences pessoais. Hoje, passado muito tempo, essa concepção foi ampliada. Percebo que não basta ter dinheiro para pagarmos apenas nossas próprias contas. Nossa responsabilidade aumentou muito, mas muito mais.
Também lembro que os comerciais de detergentes, desinfetantes, sachês de vaso sanitário, sabão em pó, rodos, vassouras, esponjas de aço, palhas de aço, aspiradores de pó, cera para chão e afins, possuíam associação com mulheres, a fim de facilitar nossa vida e não nos prejudicar.
Lembro também da angústia das mulheres, e isso infelizmente, até os dias de hoje, em temerem a maternidade em razão de seu afastamento temporário de sua carreira profissional. Há pouco tempo foi ampliada a licença-maternidade de quatro para seis meses, sendo a concessão dos últimos 60 dias opcional para a empresa. A proteção à maternidade torna-se mais efetiva, com o intuito de preservar um direito social. E pasmem, sabem o porquê que todas as categorias sindicais não aderem a este benefício? Porque não têm quem as substitua. Tanto é verdade que inúmeras empresas ligam solicitando que retornem antes do prazo estabelecido.
Mas percebemos o avanço de toda essa história. As mulheres que visitam revendas de automóveis e oficinas mecânicas devem ter percebido a transformação destas empresas que passaram a contar com sala de recepção, café, revistas que não são só de mulheres nuas, além de banheiros femininos. Porém, ainda necessitamos delegar alguns serviços aos homens, pois sentimos medo de sermos enganadas, uma vez que os profissionais destas áreas utilizam-se de termos técnicos (que muitos homens fingem que entendem) para explicar a rebimboca da parafuseta. E jogue a primeira pedra a mulher que desmente essa afirmação!!!!
Mas a mulher não desiste de lutar pelo seu crescimento. O dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são abordados assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade.

Feliz Dia Internacional da Mulher!