A Cooperativa Vinícola Aurora completou seus 87 anos de história, celebrados no último dia 14 de fevereiro. Nestas mais de oito décadas de existência, a empresa passou por muitos desafios, que foram superados com dedicação, responsabilidade e união. Para marcar a data, será inaugurada a pedra fundamental da construção de uma nova fábrica, além da implantação de novas tecnologias, que auxiliam desde o cultivo até a etapa final de produção.

A data marca um período positivo para a cooperativa, visto que as dificuldades fizeram parte de sua história. “Para falarmos deste dia, podemos usar como símbolo a fênix. Assim como o pássaro, a Aurora renasceu e hoje está em um dos voos mais altos de sua história. É um ano e uma semana especial, na qual anunciaremos novos investimentos que serão um marco para a cooperativa”, destaca o presidente do Conselho de Administração, Itacir Pedro Pozza.

Nos últimos quatro anos foram investidos mais de R$ 40 milhões em estrutura, em diversos setores. Recentemente, para auxiliar no recebimento da produção, a empresa investiu em tecnologias de ponta, com a implantação de dois novos robôs, produzidos na Alemanha. “O investimento do equipamento propriamente dito custou R$ 903 mil cada, considerando o conjunto, com toda a estrutura, célula robótica, sistema para funcionamento, o custo final foi de R$ 1.683.000,00, cada. Foram investidos em equipamentos como desengaçadeiras, prensas, tanques, equipamentos de precisão para melhorar a extração de cor da uva, ou seja, cada um deles foi inserido diante de uma necessidade e precisamos, a cada ano, melhorarmos o processo de produção”, explica o diretor-geral, Hermínio Ficagna. O processo inovador em nível de mundo, com relação ao descarregamento de bins, possibilitou para o associado hoje um novo modelo de entrega da produção. “O produtor não vai deixar de ter o modelo tradicional, que são as caixas, mas agora a Aurora propõe ao associado esta forma de entrega e isso faz com que melhore a operação dele lá na propriedade. Por isso, a Aurora colocou este equipamento, um instalado na matriz e outro na unidade vinhedos, que fecha a operação necessária para o negócio. Assim sendo, a uva chega com melhor qualidade na forma de bins, que é entregue nesta modalidade e descarregada por este tipo de equipamento, e isso tem levado o processo operacional bem melhor do que aquilo que vínhamos fazendo até então”, pontua. Segundo ele, também há investimentos de forma paralela, tanto na cooperativa quanto para o produtor e, desta forma, melhorias para todo o quadro social. “É uma obrigação, de nossa parte, como gestores, de que realmente as condições de trabalho devem ser melhoradas, por isso, utilizamos as novas tecnologias para fazerem atividades pontuais em alguns setores, como a expedição e o recebimento da matéria prima, assim resguardando a saúde do trabalhador”, avalia.

Nova indústria

Na nova fábrica, cujo lançamento da pedra fundamental ocorre hoje, no Vale dos Vinhedos, começará a ser construída ainda neste mês, devem ser investidos cerca de R$ 20 milhões. A estrutura contará com 14 mil metros quadrados de área construída, no Vale dos Vinhedos, e deverá concentrar a produção e a expedição dos sucos de uva e vinhos de mesa. Na matriz deverão ser concentrados os vinhos finos, coolers e espumantes. “Este é o nosso grande desafio, pois estamos partindo de uma necessidade. Atualmente, na matriz, as linhas utilizadas para envase estão com a capacidade máxima de uso. A área industrial não consegue acompanhar a área comercial. Esta nova unidade vem justamente para nos auxiliar e melhorar o nosso processo produtivo e aumentar a capacidade de produção, principalmente no suco de uva que hoje é o grande marco da cooperativa, correspondendo a 45% do faturamento anual”, salienta Ficagna. Ele ainda complementa, destacando que a proposta foi autorizada em Assembleia e o projeto encaminhado para aprovação no Órgão Público Municipal.

Com previsão para o início do processo de envase no primeiro quadrimestre de 2019, o local recepcionará grande parte da matéria-prima que hoje entra na unidade 2 e esta, provavelmente em curto prazo, será desativada. “Isso ainda é uma decisão que vamos ter que levar para o colegiado, que são nossos associados em Assembleia. Porém, não tem muito sentido manter a unidade II em atividade, até porque ela hoje já está ultrapassada e requer manutenção grande todo ano. É um valor que se investe e não se consegue mais recuperar, além de ser um local de difícil acesso, por questões também do plano diretor e da topografia da cidade”, ressalta.