A história de Vinhos Salton inicia-se em 1878, com a família imigrando da Itália ao Brasil, especificamente da comunidade de Cison Di Valmarino, em Treviso, na região Veneta, trazendo em suas bagagens mudas de vinhas.

O nome Salton aparece com relativa freqüência na Inglaterra e na Escócia a partir do século XIII.

CISON de Valmarino, constitui um centro de antigas tradições. Situa-se na estrada do valedo Rio Soligo, aos aos pés dos pré-Alpes, confins com a Província de Belluno.

A partir do século X a região adquiriu a fama de produzir excelentes vinhos, com destaque para DOC Prosecco. A escola de Viticultura e Enologia de Conegliano, fundada em 1876 e que desde então serviu como ponto de referência para a pesquisa cientifica e tecnológica que para o conjunto da enologia moderna italiana, foi elevando constantemente a qualidade deste vinho durante o século XX. Para produzir o Prosecco, são permitidos somente vinhedos bem expostos ao sol, localizados em colinas, não sendo admitidos aqueles situados no fundo dos vales, em planícies ou voltados para o norte (com pouca insolação).

Em Cison Di Valmarino, hoje a família Salton divide-se em três ramos, cada qual reconhecido por um apelido: Os “Baretina”, os “ Burisci” e os “Pupi”, ao qual pertencem os descendentes dos que imigraram para o Brasil.

Angelo Salton, nascido em 1908, teve cinco filhos: Colombo, Antônio, Vicenzo, Anna e Paolo. O segundo filho, Antônio Domenico nascido em1839 em Cison di Valmarino (agricultor sem terras) casou-se em 1872, aos trinta e dois anos, com Rosa Isotton, natural de Mel, província de Belluno.

O casal possuía dois filhos quando embarcou em 1878 no Porto de Gênova: Giovanni Francesco, que nascera em 1875, e uma menina recém-nascida. Há várias versões para o falecimento da menina, o que teria acarretado também o falecimento de Rosa, logo após a chegada ao Brasil, deixando Antônio Domenico sozinho. Antônio Domenico dirigiu-se para Colonia Italiana Dona Isabel, no Rio Grande do Sul, que com a proclamação da Republica teve o nome mudado para Bento Gonçalves; Em 1880, em segundas, Antônio Domenico casou com Lucia Canei, então com desseseis anos, natural de Pellegai, Belluno, nascida em 1864 e falecida em 1956. Ele teve os filhos: Giovanni, Francesco (1875-1940) com sua primeira esposa Rosa Isotton, Casou-se com Melânia Morassutti, tendo os filhos Wolmar(que foi prefeito do município de Passo Fundo, onde um estádio de futebol, dois colégios, uma rua e um parque de exposições, tem seu nome, Vilma, Nilo, Arno e Edi.

Com a segunda esposa Lucia Canei, teve os filhos: Marieta, Rosa, Paulo, Luiz, Angelo, Anna, José, Zenaide, Antônio (nini) E Cezar. Nas palavras do medico e escritor Jorge Alberto Salton, “A família Salton que vive no Brasil conserva muito da cultura Vêneta. Sabe de suas remotas origens britânicas e com orgulho se sente brasileira. Ao pesquisar a história da família, reforçou dentro de si o sentimento bom de que somos todos brasileiros, italianos, ingleses- membros de uma mesma família, a família humana. Percebemos o quanto nos queremos andar por este pequeno planeta, para conhecer um pouco de cada cultura, para identificar-se com ela, para incorporá-la dentro de si, para ajudar a construí-la mais pujante.”

(Continua na próxima semana)