O hábito é conhecido e, por mais que o alerta seja feito constantemente, se mantém conforme passam as gerações. Embora seja tratado como brincadeira, a prática de “passar um trote” é algo que atrapalha os atendimentos de urgência e emergência, prejudicando seriamente quem realmente precisa contatar os serviços, além de gerar prejuízos aos cofres públicos e aos servidores que atuam nessas funções. Em Bento Gonçalves não é diferente. Os principais serviços de urgência e emergência – Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também sofrem com a prática.

O número mais alto de ligações nesse sentido ocorre no Corpo de Bombeiros. De acordo com o major Sandro Gonçalves da Silva, comandante em Bento, há uma estimativa de que cerca de 70% das ligações para atendimentos de ocorrências operacionais são trotes. “Claro que há também as situações de prevenção, na qual recebemos ligações para atender no local, mas não é de fato um incêndio. Essas não entram na estatística”, ressalta ele.

No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o problema se repete, embora os números sejam menores se comparados aos do Corpo de Bombeiros. De acordo com a coordenadora da Unidade de Pronto Atendimento, Melissa Bonato, o serviço recebe cerca de 290 a 320 ligações por mês em Bento. Desse número, cerca de 20% são trotes.

Já na Brigada Militar, a reportagem do Semanário acompanhou o trabalho dos servidores responsáveis por atender as ligações ao 190 no 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (BPAT) em Bento. Foram 10 ligações consideradas perdidas durante o período.

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