SOS RODOVIAS
Na sexta-feira passada, o CIC/BG foi palco para o FÓRUM DA INFRAESTRUTURA. Foram reunidos dezenas de políticos, dentre os quais o senador Luis Carlos Heinze, além de deputados federais, estaduais, mais de 30 prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, representantes do DNIT, DAER, ministério da infraestrutura e lideranças de vários setores, para debater a situação das rodovias da região. A vasta pauta incluiu a conclusão e duplicação de rodovias da Serra, Vale dos Sinos e Caí, como as BRs 448, 116 e 470, as RSs 122, 453 e 446. A promoção do CIC/BG foi apoiada por várias entidades empresariais e políticas, como seria de se esperar. Já era hora, não, senhores políticos?

MAS, QUAL O CAMINHO DAS SOLUÇÕES?
Particularmente, pensei que o objetivo principal seria o de cobrar dos governos estadual e federal, através de seus órgãos responsáveis, ações imediatas para que o absurdo de impostos que são cobrados dos proprietários de veículos fosse transformado em OBRAS que traduzissem um mínimo de respeito aos que bancam esses governos. Mas, me enganei. O assunto principal versou sobre CONCESSÕES DE PEDÁGIOS, parcerias público-privadas, enfim, “absolver” os governos de suas obrigações primárias, dentre as quais estão a abertura, pavimentação e manutenção de rodovias. Será este o caminho, mesmo?

QUE TEMPOS!
Os jovens de hoje não sabem, não lembram ou não se interessam em saber COMO as rodovias eram abertas, pavimentadas e mantidas pelos sucessivos governos. Sim, senhores, tudo era feito como o DINHEIRO DE NOSSOS IMPOSTOS que, “casualmente”, eram infinitamente menores do que hoje. Os proprietários de veículos pagavam a Taxa Rodoviária Única, recebiam as placas gratuitamente e as rodovias eram decentes, na sua maioria. A constituição lixo de 1988 proporcionou a estados e municípios e a União a arrecadação de uma babilônia de tributos, além dos que já usufruíam. Mas, os “benefícios” (direitos, não?) da população foram reduzidos.

MAS, POR QUÊ?
A matemática é uma ciência exata. Pois bem, vejamos (com dados oficiais) a evolução de alguns números. Em 2002, carga tributária de 32,2% sobre o PIB, sendo que a União arrecadou 69,25% dela; os estados arrecadaram 25,77% e os municípios, 4,96%. Já em 2014, a carga tributária foi de 33,5% do PIB, tendo a União arrecadado 68,35% dela; os estados arrecadaram 25,37% e os municípios, 6,27% (AUMENTO de 26,41%). Importante dizer-se que o PIB, em 2002, foi de 1,488 trilhão de reais e em 2016, de 6,266 trilhões. Por esses dados (oficiais) dá para se ver o absurdo do que é arrecadado pelos governos federal, estaduais e municipais. E no que é gasta essa fortuna? Precisa explicar?

ONDE GASTAR?
Segundo afirmam alguns, os governos têm é que se preocupar com a saúde, educação e segurança pública e que deveriam entregar para a INICIATIVA PRIVADA todo o resto, notadamente as RODOVIAS, COMUNICAÇÕES, ENERGIA ELÉTRICA, COMBUSTÍVEIS, etc, etc. Gozado, né? Já que os governos não sabem gerir, por absoluta politicagem, as estatais e geram muito, mas muito mal a saúde, a segurança pública e a educação, POR QUÊ não PRIVATIZAR, entregar para a iniciativa privada os GOVERNOS MUNICIPAIS, ESTADUAIS e FEDERAL? Alguém já pensou nisso, seriamente? Não, pois pensem, por uma questão de coerência. Segundo a “teoria” defendida, é a SOLUÇÃO, não?

RESPEITO, NADA MAIS!
Questionei várias vezes aqui PARA QUÊ SERVE O DAER. Quem transita, com RISCO DE VIDA, pelas rodovias da região entendem bem a pergunta. A ERS-446, São Vendelino/Carlos Barbosa é o símbolo do descaso, do desrespeito que os governantes (não só o atual, mas os demais) têm para com o PAGADOR DE IMPOSTOS. Vale o mesmo para a RS-453, Farroupilha/Garibaldi e para a RS-444 (Vale dos Vinhedos). Não há como esperar dezenas de anos para que a INCIATIVA PRIVADA assuma pedagiamentos e resolva esses problemas crassos, ANTES que mais vidas e patrimônio particular dos proprietários de veículos sejam perdidos. Respeito, senhoras “autoridades competentes”, é o que precisamos. COM URGÊNCIA!

TRÂNSITO
Enquanto por aqui se convive com o caos diário no trânsito, Farroupilha busca soluções. Licitaram semáforos inteligentes que detectam o fluxo de trânsito, visualizam infrações e carros irregulares, etc. Por aqui, seguem as infrações absurdas, como motoristas ignorando placas de “Proibido Parar e Estacionar” (rua Humaitá, por exemplo) e ligando o pisca-alerta para cometer infrações. Estudo do sistema viário? Vai ficar para depois de 2020?

ÚLTIMAS

Primeira: Impressionante no que foi transformada a avenida Alvi-azul. Mais um pouco e ficará idêntica às rodovias 446, 453 e 444. Será que os torcedores do Esportivo e moradores daqueles locais mereciam isso?

Segunda: Recebo quase que diariamente reclamações e protestos de pessoas indignadas com a barulheira da descarga de motos nas madrugadas. A quem cabe fiscalizar tais infrações, afinal?

Terceira: Políticos porto-alegrenses decidiram “mexer” no IPTU do município. Não basta tudo o que se paga de impostos para COMPRAR ou construir o imóvel. Paga-se imposto para escriturar, para matricular e, depois, para morar;

Quarta: Paga-se, ainda, taxa de serviços urbanos, de iluminação pública, etc. Por que será que, nem prefeitos, nem governadores, nem presidentes tomam atitudes para enxugar a paquidérmica máquina pública e os dinossauros de benesses que carregamos?

Quinta: Segue o “baile dos absurdos”. Suzane Von Richthofen, assassina condenada da mãe e do pai, terá “direito” à “saidinha do dia das mães”. O Congresso Nacional e o governo assistem a tudo, inertes, sem ação;

Sexta: Acaba-se com as multas do IBAMA, com o ICMBio, com os pardais e lombadas eletrônicas. Ótimo, não? Estamos destruindo pouco a natureza e matando pouca gente nas ruas e rodovias, né?

Sétima: Justiça suíça devolve 1,1 bilhão de dólares ao Brasil, que estava lá e foi detectado pela Lava Jato. Mas, sem especificar de QUEM? O (os) “dono” (s) ficará (ão) impune (s)?

Oitava: O Esportivo está a um empate e uma vitória da primeira divisão do futebol gaúcho. Amanhã enfrentará o Guarani, em Venâncio Aires e domingo que vem decidirá a vaga na Montanha dos Vinhedos. Nada mais importa, futebolisticamente falando!