Casa que cuida de idosos se livrou das dívidas, mas precisa arrecadar R$ 100 mil até janeiro para manter estabilidade

Após meses com dificuldades financeiras e uma dívida de cerca de R$ 60 mil, o Lar do Ancião conseguiu equilíbrio financeiro por meio de doações. Contudo, para manter a estabilidade até o final do ano, é necessário que a instituição levante pelo menos R$ 100 mil nos próximos três meses.

Segundo análise do órgão, o montante é necessário para pagar o salário dos funcionários em dia e fazer uma pequena reserva técnica que garanta tranquilidade para os meses subsequentes. Outra necessidade da casa é a contratação de mais funcionários.

Embora não seja mais necessário parcelar a folha de pagamento, o responsável pelo financeiro, Simão Weschenfelder, afirma que trabalha com o limite de risco. “Se diminuirem as doações, voltamos à mesma situação. Nós reduzimos substancialmente a questão de compra de mantimentos. Os últimos três meses nos mantemos apenas com as despesas básicas mesmo e o restante zerou nesse período, em função das doações que nós recebemos”, avalia.

Ele comenta que o Lar necessita da contratação de mais ou menos cinco pessoas, na medida em que os funcionários estão sobrecarregados. “Os serviços não são afetados, porque nós temos uma equipe muito boa, que veste a camisa. Mas tem o lado humano, por isso precisamos resolver no curto prazo”, considera.

Hoje são 30 colaboradores que trabalham no espaço. Segundo Weschenfelder, no final do ano as despesas aumentam em função da parcela do 13º e das férias dos funcionários. “Não podemos chegar no ponto de atrasar o salário, temos que pagar todo mundo em dia”, aponta.
Além das contribuições, o responsável pelo fiananceiro aponta que alimentos e produtos de limpeza também são de grande ajuda. “A pessoa vai doar dentro da possibilidade dela, isso é um trabalho de formiguinha para em longo prazo ter um grande número de doações, que darão tranquilidade para trabalhar”, afirma. No seu ponto de vista, o Lar precisa funcionar como uma empresa de médio porte.

Uma perspectiva de corte de custos é a instalação de placas de energia fotovoltaica, que está em projeto com o Rotary Club. “Com isso, nós vamos economizar mais ou menos R$ 80 mil por ano”, comenta.

Segundo a presidente do Lar do Ancião, Lourdes de Souza, outro tipo de doação que ajuda o lugar é a afetiva. “Voluntários, pessoas que têm tempo, venham aqui conversar e brincar com os vovôs. Isso também é uma doação muito importante, tanto para quem dá como para quem recebe”, convida.

Além disso, no sábado, 15, ocorre um jantar na Casa Di Paolo para arrecadar recursos. Cada ingresso custa R$ 100. O cardápio será de carnes variadas, massas, saladas e sopa de capeletti. Para adquirir os ingressos, basta entrar em contato com o Lar do Ancião.