O tribunal do júri condenou, após mais de nove horas de julgamento, o réu Robson Poloni de Oliveira a 10 anos e cinco meses de prisão, em regime fechado, pelo atropelamento e morte da advogada Eliana Bonatti, em fevereiro de 2012. O réu foi condenado pelos crimes de homicídio com dolo eventual, além de duas lesões corporais, de natureza grave e leve, de duas vítimas que também estavam no local e foram atropeladas.

São elas o engenheiro Eduardo Jaconi, e a dona de casa Maria Letícia Cordeiro Lopes. Ambos foram atingidos pelo veículo, e foram ouvidos como testemunhas. Bastante emocionados, os dois falaram e responderam às perguntas de ambas as partes. Em seu depoimento, Jaconi afirmou ter sofrido diversas lesões em decorrência do atropelamento. Ele passou por 15 cirurgias desde o ocorrido.

Do lado da acusação, falaram o promotor Eduardo Lumertz, e o advogado assistente de acusação, dr. Adroaldo Dal Mass. Já pela defesa, falou o advogado dr. Luiz Gustavo Puperi. Após as oitavas de testemunhas, o réu Robson de Oliveira foi ouvido e interrogado pelas partes. Também bastante emocionado, se declarou arrependido e pediu desculpas a quem tenha sido afetado pelo caso.

A defesa sustentou a tese de que o crime deveria ser desqualificado para homicídio culposo como crime de trânsito. Já a acusação pediu a manutenção do crime como homicídio com dolo eventual. O Tribunal do Júri começou pouco depois das 9h, e ocorreu no Fórum de Bento Gonçalves. A sala do plenário esteve completamente lotada durante todo o julgamento. Compareceram parentes das partes envolvidas, além de estudantes de direito e a comunidade bento-gonçalvense.