Um gaúcho que viajou a Minas Gerais teve confirmado o primeiro caso de febre amarela no Estado desde 2009. A informação foi divulgada na quarta-feira, 21, à noite pelo secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis.
Pelo Twitter, ele publicou que o paciente esteve em Minas e não havia tomado a vacina. Dados sobre a pessoa, como a cidade onde mora e quadro de saúde, serão divulgados em coletiva na manhã desta quinta-feira, 22.

Segundo o secretário, trata-se de um caso “importado”, ou seja, não foi adquirido no Rio Grande do Sul. Ele tranquilizou dizendo que a situação do Estado permanece sob controle e a população continuará sendo orientada a respeito da vacinação, sobretudo quem vai viajar para as áreas de risco.

O último registro da doença entre os gaúchos é de 2009. Na época, uma intensa campanha de vacinação foi organizada com o objetivo de imunizar a população que vive em áreas consideradas de risco para o contágio.

A doença transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, Haemagogus e Sabethes é caracterizada por febre alta, calafrios, dores de cabeça e nas costas, além de desconforto muscular, náusea e vômitos. Em casos mais graves, pode comprometer o fígado e levar à morte.

Entre 1º julho de 2017 e 20 de fevereiro deste ano, foram confirmados 545 casos de febre amarela no País, com 164 óbitos. Ao todo, foram notificados 1.773 pacientes com suspeita da doença, dos quais 685 foram descartados e 422 permanecem em investigação.

A atualização dos dados da febre amarela no Brasil foi divulgada nessa quarta pelo Ministério da Saúde, com base nas informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 557 casos e 178 mortes.

O maior número de vítimas foi apurado em Minas Gerais, com 77 óbitos e 264 casos confirmados. Em seguida aparece São Paulo, com 57 mortes e 208 casos, e Rio de Janeiro, com 29 óbitos e 72 casos confirmados.