A chamada Guerra dos Farrapos teve sua origem no descontentamento dos habitantes do Rio Grande do Sul, que, provisoriamente, desligaram-se da comunidade brasileira. O conflito foi deflagrado, oficialmente, em 20 de setembro de 1835.

Os habitantes do Rio Grande do Sul se irritaram com a sujeição às requisições de guerra e mobilizações gerais; o serviço militar se torna obrigatório e permanente; os pagamentos entram numa roda-viva de atrasos; não via retorno nenhum em forma de obras e benfeitorias. Enfim, tudo se torna cada vez mais difícil, e a prosperidade se distancia cada vez mais.

O descontentamento se generaliza, até que, em 1835, estoura o “Movimento Farroupilha”. Em função da estrutura econômica da Província do Rio Grande do Sul, os chefes das milícias eram, a um só tempo, os grandes criadores de gado, que se sentiam cada vez mais prejudicadas pelas constantes convocações, pressionados pelos impostos. Desta forma, o principal produto da Província passava a sofrer uma violenta concorrência dos produtores de origem platina.

E, para complicar mais a situação, a voz dos rio-grandenses não era ouvida pelos detentores do poder central. Uma vez que acabava não influindo nas decisões administrativas. O espírito da Revolução se corporifica na pessoa do então Coronel Bento Gonçalves da Silva, em função do prestígio e da fama que lhe conquistaram sua integridade pessoal. Além de Bento Gonçalves, devemos lembrar a figura de João Manuel de Lima e Silva que, mesmo sendo carioca e irmão do regente do país, galgou o posto de General dos “Farroupilhas”.

Os heróis da Revolução Farroupilha foram: David Canabarro, Giuseppe Garibaldi, Antonio de Souza Netto e Bento Gonçalves da Silva.

Bento Gonçalves da Silva era militar e revolucionário, foi eleito Presidente da República Rio-grandense, pela maioria das Câmaras municipais da Província. Nascido em Bom Jesus do Triunfo, no dia 23 de setembro de 1788, ele era o décimo filho do casal Joaquim Gonçalves da Silva e Perpétua Meireles.

Em 1831, Bento Gonçalves começou a externar sua contrariedade com as constantes convulsões sociais originadas pela acúda repentina de D. Pedro I que abdicou à coroa, retornando para Portugal. Nesta época começou a surgir no Estado as primeiras ideias separadistas. Seus opositores, deram pouca importância ao movimento e por isso apelidaram os separatistas de farrapos ou farroupilhas, denominação pejorativa que tinha o significado de mal-vestido ou de pessoas de pouca importância.

Assim, após a Proclamação da República, a tendência no Brasil, era fazer desaparecer os nomes que tiveram em destaque no período do Império. Portanto, Dona Isabel foi substituído pelo nome de Bento Gonçalves, por ser Republicano Federalista – nome oficial do nosso município.