Amostragem da Cipave revela que problemas como assaltos, arrombamentos e depredações diminuíram em Bento

Tornar as escolas ambientes cada vez mais agradáveis e seguro para alunos, funcionários e professores através de ações preventivas e orientativas vindas Cipave mostram em números que o processo apresenta bons resultados. Nas escolas estaduais do município, houve redução em três indicativos relacionados a segurança.

Um destes indicativos envolve depredação, pichação e vandalismo, nas escolas estaduais de Bento Gonçalves. Elas obtiveram uma redução no comparativo com último indicativo divulgado no primeiro semestre, indo para 17 contra os 37 do ano passado. Porém, ainda há preocupação já que são situações as quais geram alguns transtornos e alterações dentro do ambiente escolar.

Um destes casos ocorreu na escola General Amaro Bittencourt. O fato aconteceu no mês de março e oriundos de pessoas de fora da instituição, não tendo relação com os aluno. Conforme a diretora Micheli Nunes “Foi no turno da manhã. As crianças do 5º ano do ensino fundamental estavam em aula quando foram atiradas pedras. Uma delas atravessou a janela e caiu dentro da sala de aula. Por sorte, nenhum dos nossos alunos acabou se ferindo”, comenta.

Segundo a diretora, na ocasião foi chamada a patrulha escolar, que fez uma ronda em torno da escola para verificar se encontravam alguém, mas ninguém acabou sendo avistado. Ainda de acordo com Micheli, vandalismo e outros tipos de violência não estão ocorrendo dentro da escola. “Anteriormente era normal termos vandalismo, principalmente quando chegávamos no início da semana os trabalhos dos alunos que estavam expostos, bastante danificados, alguns até destruídos. Essa realidade mudou, muito disso passa também pelo nosso ambiente, a escola está sempre em ordem, bonita e eles entenderam que precisam cuidar, pois é o lugar deles.”, valoriza.

Em termos de violência, a escola General Amaro Bittencourt não foi alvo, porém, de acordo com a diretora, teve que se adequar a uma situação extrema para preservar seus alunos. “Fora da escola já tivemos tiroteio nas proximidades e outras questões que acabam nos preocupando de certa maneira. Na do tiroteio, solicitamos ajuda aos órgãos de segurança. E em outra ocasião, que soubemos que poderia se repetir, tomamos a medida protetiva das crianças e não as levamos para o pátio, incluindo o horário do recreio. Felizmente passou e não tivemos nada grave e esperamos que assim siga acontecendo para o bem de todos”, esclarece.

Na escola Mestre Santa Barbara foram registados quatro casos os quais se encaixam no quesito pichação, vandalismo e depredação. Segundo a diretora da instituição, Margarida Mendes Protto, sem grandes danos. “O que temos são alguns casos de pequenas escritas na parede e classes da sala de aula, normal em ambientes escolares”, menciona.
O trabalho de preservação do ambiente junto aos alunos está sendo realizado, de acordo com a diretora. “Trabalhamos sempre de maneira dialogada onde prezamos pelo Patrimônio Público. Portanto é de todos e a comunidade escolar deve zelar pela manutenção e conservação de mesmo”, enfatiza.

Outras instituições também apresentaram segundo o relatório da Cipave problemas relacionados a esses temas, em número considerado reduzido, de acordo seus responsáveis e assim como na escola Mestre Santa Barbara, sem grandes danos para a estrutura da escola.

Arrombamentos e assaltos mantém queda

Outros pontos também apresentaram queda na amostragem do relatório da Cipave para as escolas estaduais de Bento Gonçalves, como assaltos e arrombamentos. Em 2018, sempre tendo como base os seis primeiros meses foram quatro casos de assaltos colocados no relatório contra 15 ao final do último ano, uma redução de 73%. Nos mesmos primeiros seis meses do ano passado foram oito, provando assim a melhora nos indicativos.

Todas essas ocorrências aconteceram fora das imediações ou nas proximidades das instituições de ensino. Algumas delas, na região da Mestre Santa Barbara e comentadas pela diretora. “Tivemos dois ou três casos de assaltos de alunos nas proximidades da escola no horário noturno e solicitamos o auxílio via telefone da Brigada Militar”, admite. Ainda segundo a responsável foram tomadas medidas protetivas aos alunos após os atos. “Informamos que temos o patrulhamento da Brigada Militar na saída da Escola, e isto está contribuindo para a redução de assalto”, assegura.

No quesito arrombamentos, há uma escola que teve nos apontamentos dois casos registrados. Segundo a diretora, a qual prefere não se identificar assim como o nome da instituição, foram levados das equipamentos eletroeletrônicos como computadores, projetores de imagem e outros, em atos que ocorreram na madrugada.

Todas as escolas procuradas pela reportagem informaram que investiram e ainda pretendem ampliar o sistema de monitoramento para dar ainda mais segurança para os alunos evitando perdas e danos de patrimônio, assim como a identificação de que realiza algum tipo de ato nas imediações das escolas.

Números baixos também no Estado

Os números da escolas pelo Rio Grande do Sul também apresentaram queda de acordo com a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) nos mesmos três indicativos. Ao todo, 299 escolas foram arrombadas ou furtadas no primeiro semestre do ano passado, contra 282 em 2018.

Assaltos nas entradas ou saídas dos colégios caíram de 335 para 219, em 2018. E pichações, vandalismo e depredação ocorridas dentro do ambiente escolar tiveram 779 casos registrados contra 1054 no mesmo período do ano passado.

Todos os dados da Cipave são enviados pelas direções das escolas. Além disso, desde junho, Seduc e Brigada Militar assinaram um convênio no qual os policiais podem ter acesso aos números.
A ideia da Seduc é que a Brigada possa elaborar estratégias de combate à violência em conjunto com as escolas.