Pois é… estou vivendo essa situação e muitas coisas passam pela minha cabeça. Ouço os conselhos da minha mãe e relembro a época em que eu era a adolescente, louca para ter minha própria vida e conduzi-la do jeito que, claro, julgava o mais correto. Mas sabemos que não é bem assim.

Dizem que criamos filhos para o mundo e nosso papel é orientá-los e deixá-los ir para trilhar seu próprio caminho. Sabemos hoje que nossos erros muitas vezes ensinam mais que nossos acertos, embora, às vezes dolorosos, são eles que nos transformam e nos agregam.

Nossos filhos tem que viver suas próprias experiências. Mas fica aquela sensação de vazio. Afinal, até o momento toda nossa vida está em constante com a deles, tudo é planejado de acordo com as necessidades deles: eles são prioridade.

Aceitar o fato de que seus filhos cresceram e precisam passar para essa nova etapa da vida é fundamental. Então o que estou fazendo é viver essa mudança com gratidão. Entendendo que fiz o melhor, justamente para que estivessem preparados para este momento… o momento de voar!

Mesmo estando longe, eles são nossos. Nossos pedaços. Nossos ‘produtos’. Os ‘produtos’ de todas as nossas pausas. Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio às dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães.